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sábado, 16 de outubro de 2010

Gráfica recebe encomenda de bispo para imprimir 2,1 milhões panfletos anti-Dilma



Uma gráfica no bairro do Cambuci, região sudeste da capital paulista, estava imprimindo, na manhã deste sábado, panfletos com um texto de um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) contra o PT e a presidenciável Dilma Rousseff.
Segundo o contador da gráfica, Paulo Ogawa, a encomenda foi feita pela diocese de Guarulhos (SP). Em julho, o bispo da cidade, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, foi pivô de uma polêmica mobilização contra a petista.
Os papéis são idênticos aos distribuídos em Aparecida (SP) e Contagem (MG) no feriado do último dia 12, durante missas em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida. Eles fazem um "apelo" para que os eleitores não votem em quem é a favor da descriminalização do aborto.
Ogawa, que é pai do dono da gráfica, afirma que um assessor do bispo, chamado Kelmo, encomendou a impressão de 2,1 milhões de panfletos --1 milhão no primeiro turno e 1,1 milhão no segundo.
De acordo com o contador, o assessor havia pedido a impressão de 20 milhões de panfletos. No entanto, a gráfica não aceitou a encomenda dizendo que não tinha capacidade para esse volume.
O bispo ainda não foi localizado.
O documento é assinado pelos bispos da Regional Sul I da CNBB, responsável pelo Estado de SP. No entanto, isso não significa, necessariamente, que os panfletos tenham sido impressos a pedido da igreja.
Trata-se do mesmo panfleto que já havia circulado entre fiéis durante o primeiro turno e no dia das eleições.
A gráfica foi descoberta pelo diretório estadual do PT. O deputado estadual Adriano Diogo (PT) afirmou já ter entrado em contato com a direção nacional da campanha de Dilma. Segundo o presidente do PT paulista, Edinho Silva, os advogados da campanha irão à Justiça Eleitoral para impedir a continuidade da impressão.
PANFLETO
A Regional Sul I da CNBB é presidida pelo bispo de Santo André (SP), dom Nelson Westrupp. O conteúdo do panfleto também está publicado no site da regional da CNBB.
A posição dos candidatos a presidente em relação ao aborto virou um dos temas principais da campanha, pautando debates entre Dilma e José Serra (PSDB) e os programas de TV dos candidatos.
O panfleto, datado de 26 de agosto, diz que Lula e Dilma assinaram o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, "no qual se reafirmou a descriminalização do aborto".
A defesa da legalização é chamada de "política antinatalista de controle populacional, desumana, antissocial e contrária ao verdadeiro progresso do país".
O texto afirma ainda que, no mesmo congresso em que deu "apoio incondicional" ao plano, o PT aclamou Dilma como candidata.
Ao fim, o panfleto recomenda que os brasileiros "deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".
A CNBB divulgou uma nota oficial, em 16 de setembro, quando os primeiros panfletos foram distribuídos, afirmando que somente sua Assembleia Geral pode falar em nome da entidade.
No último dia 8, a nota foi reiterada, em que "desautoriza qualquer decisão contrária à da Assembleia Geral, que não vetou candidatos ou partidos".

Folha Online

Quase um bilhão de pessoas não têm o que comer no Dia Mundial da Alimentação

Em todo o mundo, 925 milhões de pessoas vão passar este dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, sem ter o que comer. O número é equivalente às populações somadas dos Estados Unidos (300 milhões), do Brasil (190 milhões), do Japão (130 milhões), da Alemanha (82 milhões), da França (63 milhões), do Reino Unido (60 milhões), da Itália (58 milhões) e da Espanha (40 milhões).
Os dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), pela primeira vez em 15 anos, indicam uma melhora no quadro geral da fome no mundo. Em 2009, 1,023 bilhão de pessoas eram consideradas famintas, 9,6% mais do que este ano.

Uma das causas para a redução é a queda dos preços dos alimentos nos mercados internacionais e nacionais iniciada em 2008. Para o representante da FAO em Moçambique, o uruguaio Julio de Castro, há outro fator a ser considerado: a oportunidade de negócio. “O comandante de um navio carregado de grãos recebe um telefonema: 'precisamos de 50 mil toneladas no Quênia.' O barco segue para lá e preço sobe ou desce. E ligam para ele de novo: 'pagam mais no Líbano'. E o barco muda a rota. É especulação, negócio. Não é questão de concordar ou discordar. Mas isso tem uma importância na distribuição [dos alimentos]."

Para a FAO, a produção mundial de alimentos precisa aumentar 70% para alimentar a população que o mundo terá em 2050, estimada em 9 bilhões de pessoas. Os governos devem investir mais na agricultura, expandir redes de segurança e programas de assistência social, reforçar atividades que geram renda para as áreas rurais e urbanas mais pobres e criar mecanismos adequados para lidar com situações de crise e proteger as populações mais vulneráveis.

A entidade também reforçou o pedido para participação na campanha Unidos Contra a Fome, que coleta assinaturas para chamar a atenção para o problema. A meta de um milhão de adesões foi alcançada um mês e meio antes do previsto, em novembro, mas a página da campanha na internet segue aberta.



Agência Brasil
Quadro: "Criança Morta" - Cândido Portinari

Professor e cordelista patoense é destaque no Jornal Nacional no Dia do professor


Marcos Eugênio

Criatividade, conhecimento, talento para transformar textos em poesia, respeitando a métrica do cordel. Mais uma vez o escritor e professor de Língua Portuguesa, patoense Janduí Dantas da Nóbrega, autor de Lições de Gramática em Versos de Cordel, que recebeu nova edição, agora pela Editora Vozes, é destaque nacional. Ontem no Dia do Professor um pouco de seu talento foi exposto para todo o Brasil através do Jornal Nacional, da Rede Globo.
A matéria assinada pelo repórter Bruno Sakaue, produzida em Juazeirinho, Alto Sertão paraibano, fala do alto índice do analfabetismo e a técnica usada por Janduí, aproveitando-se da literatura de cordel para ensinar a seus alunos as complicadas normas gramaticais da Língua Portuguesa, uma idéia surgida em casa quando no auxílio das lições dos filhos.
A insensibilidade de muitos prefeitos, secretários de educação, cultura sertanejos acabam privando milhares e milhares de alunos de aprender verdadeiramente sua língua oficial. Como diz o aluno durante a reportagem do JN de ontem, o cordel soa como música, o que facilita o aprendizado. E é nessa proposta, de facilitar o aprendizado, fazendo uso de um dos mais antigas meios de expressão da cultura regional, a lilteratura de cordel, que o autor patoense leva sua idéia para vários estados da federação, que já estão adotando sua gramática, já com o novo acordo que envolve países que falam Português.

Assistam a reportagem no link abaixo. 

Para Vitalzinho, debate mostrou que Maranhão tem “proposta ousada” e Ricardo “despreza e critica aliados”



O Senador eleito Vital do Rego Filho, Vitalzinho (PMDB) afirmou na manhã desta sexta-feira (15) que o primeiro debate deste segundo turno da eleição na Paraíba, entre os candidatos José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PMDB) serviu para que a população paraibana pudesse ver, realmente, a postura de cada um deles, quando colocados frente a frente. Segundo Vitalzinho, Maranhão mostrou que tem “propostas concretas e ousadas”, enquanto que Ricardo “desprezou e criticou aliados”.

Vitalzinho disse que ficou claro à Paraíba a proposta de Maranhão de criar o Porto de Águas Profundas, além de promover reformas no Porto de Cabedelo. “Mas Ricardo, claramente, demonstrou ser contra o Porto de Águas Profundas. Com isso, o paraibano pôde observar que Ricardo quer que a Paraíba continue dependente de Pernambuco”, disse o Senador eleito, lembrando que, hoje, a Paraíba perde competitividade para o Proto de Suape, em Pernambuco, por não possuir um Porto de Águas Profundas.

Contra os próprios aliados - Outro ponto destacado por Vitalzinho é que, durante todo o debate, Ricardo se preocupou em tecer críticas indiretas – e em alguns casos até de forma direta – a aliados, principalmente o ex-governador Cássio Cunha Lima. “Ele começou a criticar o aliado Cássio quando, de forma prepotente, falou mal e se mostrou contrário ao projeto da Via Jaguaribe, concebido na gestão do ex-governador. E ainda menosprezou o projeto, dizendo que a Via Jaguaribe vai ‘do canto nenhum ao nada’”.

Neste momento, Zé Maranhão deu um recado direto a Ricardo, sugerindo que ele, pelo menos, tenha lealdade ao aliado. “Parceria pressupõe lealdade, Ricardo”, disse Zé Maranhão.

Em outra oportunidade do debate, afirma Vitalzinho, Ricardo criticou a Educação, na época de Cássio, trazendo à tona dados do último Enem – Exame Nacional do Ensino Médio, quando, das 20 piores notas do país, 17 foram de alunos matriculados em escolas públicas da Paraíba. “Realmente, o candidato tem razão. Nossa educação ia muito mal mesmo”, afirmou Maranhão, logo após Ricardo expor os números.

Vitalzinho lembrou que, depois de expor o retrato da educação quando o ex-governador estava no exercício do mandato, o ex-prefeito de João Pessoa tratou logo de fazer comparações com a sua gestão à frente da prefeitura da capital. “Enquanto isso, das três melhores notas do IDEB, duas foram de escolas públicas de João Pessoa”, disse, reforçando as críticas à gestão de Cássio à frente do Governo do Estado.

Outra crítica direta de Ricardo ao seu aliado foi quando ele pediu para que a dicotomia entre os dois grupos políticos fosse encerrada. “É preciso acabar com abriga dos dois grupos. Eu não quero saber de divisão, de intriga, quero saber do futuro. Não quero olhar para trás, não quero alimentar divisão”, disse Ricardo, horas depois de o seu aliado ter feito duras críticas a Maranhão, em entrevista.

Diferenças – Para Vitalzinho, “neste debate com os dois frente a frente, a Paraíba comprovou quem é Zé Maranhão, um homem trabalhador, inteligente, de projetos e que se preocupa com o futuro do nosso estado. E soube, também, quem é Ricardo, uma pessoa que não respeita nem seus aliados políticos, mesmo sendo, estes aliados, apenas circunstanciais, de momento, como o próprio Ricardo frisou, recentemente, em seu horário político, ao dizer que estava com o ex-governador e com o DEM apenas pelo tempo de TV que o seu partido proporcionou”, disse Vitalzinho.

O senador eleito finalizou dizendo que, nos próximos debates, a Paraíba terá novas oportunidades de conhecer os candidatos ao Governo. “Ao final deste debate, Zé Maranhão disse que já tinha participado de 18 debates e Ricardo de 14. É bom que outros aconteçam, para que, cada vez mais, as pessoas conheçam realmente a personalidade de cada um”, disse.

Ascom

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Coordenação da campanha de RC diz que pesquisa que vale é a do voto

O coordenador-geral da coligação Uma Nova Paraíba, Nonato Bandeira, disse que a pesquisa divulgada pelo Ibope nesta sexta-feira (15), que apontou Ricardo Coutinho com 12% de vantagem sobre o candidato à reeleição, José Maranhão (PMDB), não vai mudar a estratégia de campanha do socialista e que o momento é intensificar as atividades de rua.

"Pesquisa que vale é a do voto na urna. Vamos intensificar o trabalho, com os pés no chão, muita humildade, mas muita garra e combatividade", disse Nonato, que continua não acreditando nas pesquisas divulgadas na Paraíba e que, para ele, a melhor pesquisa acontece no dia da eleição, com a contagem dos votos e com revelação do vencedor.

"Vamos continuar debatendo com a sociedade, nos meios de comunicação, assim como fizemos ao longo de todo o primeiro turno. E também vamos intensificar as atividades populares, pois é nas ruas que a campanha vem crescendo. A cada cidade visitada, mais pessoas demonstram a vontade de trazer a mudança para a Paraíba e de morar em um Estado com mais oportunidades e com justiça social", afirmou.

Nonato convocou a militância a prosseguir a caminhada rumo à vitória nas urnas no dia 31 de outubro.

“Nossa militância é fantástica e não esmorece mesmo nas condições mais adversas. Agora na reta final das eleições devemos manter o entusiasmo, a vigilância e a garra necessária para a conquista do grande objetivo”, afirmou.
paraibaonline

Candidato trocam acusações em debate

O debate promovido na noite desta quinta-feira, 14, na TV Clube, entre os candidatos ao Governo da Paraíba, José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB) foi tão acirrado quanto as militâncias de ambas as coligações esperavam. Especialmente nos terceiro e quarto blocos, em que os adversários tiveram oportunidade de fazer perguntas entre si, o clima esquentou e não faltaram acusações,críticas e provocação, além de momentos de irritação.

O primeiro a indagar, no terceiro bloco, foi Ricardo Coutinho. Ele quis saber o que o governador achava da campanha difamatória deflagrada contra si, acusando um suposto pacto com o diabo em um vídeo divulgado pela Conexão 15, ala jovem da Coligação Paraíba Unida. O socialista ainda citou outras acusações que estariam sendo difundidas contra ele, como a intenção de promover demissões e fechar órgãos governamentais como Cehap e Ipep.

- Eu sou cristão, sou católico e tenho um profundo respeito pelas religiões, pelas igrejas. Por isso mesmo, não quero fazer qualquer tipo de apreciação sobre questões religiosas que são de foro íntimo. O que eu devo dizer... já terminou, né? Então, me atrapalhou todo porque acendeu o azul. Devo dizer que não tenho nada a ver com essa questão a que você se referiu porque eu respeito a liberdade religiosa de todas as pessoas e o estado brasileiro é laico. Eu tenho uma profunda relação funcional e pessoal com todas as igrejas. Aliás, somos parceiros das igrejas em vários convênios da área social. Falou-se sobre o combate às drogas, a recuperação de dependentes e nossos parceiros são as igrejas tanto católicas quanto evangélicas, que admiro muito pela dedicação às causas sociais. Então, a minha participação nesta questão das parcerias com as igrejas é fundamental. As religiões trabalham sob a inspiração espiritual. O serviço público, por mais eficiente que seja, muitas vezes, não tem a mesma eficiência que aqueles dirigidos pelas religiões porque esses têm uma energia maior, espiritual.

Ricardo fez a réplica:

- Eu acho que é preciso levar em conta o oitavo mandamento que diz "Não levantarás falso testemunho contra o próximo". A sua Juventude, a dita Conexão 15, começou com isso na internet, divulgando um vídeo onde me acusavam dessas coisas todas. A sua Juventude. Além disso, a impressão dos panfletos foi feita numa gráfica contratada pelo Estado da Paraíba na sua gestão e que a Polícia Federal apreendeu os panfletos e prendeu o dono, dois filhos e um funcionário. Esses panfletos percorreram a Paraíba como um todo e não andaram sozinho, não. Não sai panfleto pegando ônibus ou voando para poder descer nas igrejas ou nas casas das pessoas. É preciso ter ética. Não pode valer tudo numa disputa. É preciso observar que as pessoas querem saber de outra coisa e não de mentira. Sou trabalhador, sou servidor público. Como é que eu vou demitir ou perseguir servidores? As demissões e perseguições ocorreram agora. Foram mais de 4 mil pessoas demitidas. E a contratação do triplo disso. Acho que é preciso manter o nível e eu, particularmente, tenho essa postura de manutenção do nível e espero que ele se mantenha.

Na tréplica, José Maranhão declarou:

- Candidato, você começa citando a Bíblia. É preciso ter cuidado. Acusar a título de se defender não é uma boa técnica. Em que medida os nossos jovens da Conexão 30 estariam envolvidos nisso? Eu repudio este tipo de acusação que não tem o menor fundamento. Se defenda! Se acusações podem estar pesando contra você, já disse que não tenho nada a ver com isso e nem tomo conhecimento disso. Agora, o que posso dizer é que sua defesa não deve envolver acusação a inocentes. É preciso nominar as pessoas. Não se pode fazer acusação indiscriminada, dizendo que foram os jovens da Conexão 30. Não foi nenhum jovem da Conexão 30. Eu tenho a certeza absoluta de que nenhum jovem foi envolvido neste processo e salvo prova em contrário eu vou continuar dizendo que os jovens da Conexão 30 não têm nada a ver com essa infâmia, com esse boato. Agora, eu peço ao candidato adversário que não recorra a esse expediente para se defender. Se defenda, é natural. O direito à defesa é o mais sagrado...

Na sequência, foi a vez de José Maranhão perguntar a Ricardo Coutinho e ele pediu que o socialista dissesse como votou em 2006 para governador e explicitasse a razão da mudança:
- Antes, em 2006, todos os meus atos, os meus programas de governo, eram bons e aprovados pela sua pessoa. Hoje, nada do que eu fiz presta ou serve. Quando você estava falando a verdade? antes ou agora?

Ricardo respondeu:

- Se seu programa era bom porque eu participei dele, junto com diversas outras pessoas que acreditavam que aquilo que o senhor estava dizendo, que adotaria políticas públicas consistentes, que daria um choque de democracia na Paraíba, que implantaria o Orçamento Democrático, que criaria um programa de geração de renda como eu criei na Prefeitura o Empreender, nós acreditávamos que aquilo era verdade, mas não. O senhor assinou um papel como assinou em 2006 perante a polícia militar e registrou em cartório e não cumpriu absolutamente nada daquilo que registrou em cartório e da mesma forma o senhor assinou um programa e não conseguiu e nem quis colocar em prática. Eu comecei a discordar do senhor exatamente no momento que o senhor assumiu o governo porque ali o senhor deu a grande guinada. A guinada do poder pelo poder, da perseguição aos aliados, da interferência indevida entre os partidos políticos, até aqueles que participaram das eleições, como fez com o PT de forma escandalosa, como tentou fazer com o PSB e fez com o PSB, fazendo cooptações, utilizando a máquina do Estado para poder retirar parlamentares e semeando um pânico, intriga e divisão. O senhor só vive de divisão, o senhor só quer saber de intriga. Eu não quero saber de divisão nem intriga. Eu quero saber de futuro e de um projeto que faça a Paraíba andar para a frente. Não é possível a gente olhar todos os nossos vizinhos se desenvolverem e a Paraíba não sair do canto. Está escrito onde que tem que ser assim? É importante que o senhor reconheça publicamente que neste período todo o senhor teve 10 anos. Uma década para fazer alguma coisa e o senhor não apresentou.

Maranhão teve a réplica:

- Mais inverdades, mais inverdades. Quando foi que eu fiz qualquer tipo de cooptação para o candidato da oposição perder o apoio de três deputados estaduais, alguns suplentes e dois federais do partido?  São homens íntegros e de bem. Não fiz nenhuma cooptação. Simplesmente, o candidato deu de bandeja esses políticos ao PMDB e a outros partidos que estão me apoiando porque não soube conviver democraticamente com as diferenças, com aqueles que pensam diferente. Há um exemplo notório de Nadja Palitot, uma mulher extraordinária, valente e inteligente que abriu os espaços na época do seu partido, o PSB, para acolher o candidato adversário no momento que ele deixara o PT. E quando ele entrou, a primeira coisa que fez foi afastar Nadja Palitot impiedosamente. Isso é que é cooptação pela violência, pela truculência, pelo autoritarismo. E essa feição, candidato, você não pode dissociar da sua personalidade. Está muito impregnada no seu modo de proceder.

A tréplica foi de Ricardo Coutinho:

- Talvez a única coisa que o candidato do PMDB, dos 10 anos, tenha a dizer em relação a mim é tentar impregnar a pecha de que eu não sei conviver. Como eu não sei conviver se eu formato alianças? Como eu não sei conviver se essas alianças são feitas em cima de um programa de governo? como eu não sei conviver se eu tenho um grupo político que me acompanha de muitos anos. O senhor, não. O senhor tem sua família. O senhor pega seu sobrinho e sua sobrinha e bota para serem candidatos, atropela seus aliados como fez em Santa Rita com o deputado federal Quinto. Atropela em todos os outros municípios para poder somente somar para si e para os seus, para aqueles que têm o mesmo sobrenome. Eu não faço dessa forma. Eu tenho outro estilo e uma outra posição. Agora, só falta o senhor dizer que as pessoas abandonaram o PSB por conta de seu programa de governo porque é querer achar que a população da Paraíba é completamente ingênua e não é. É preciso estabelecer uma coisa com muita honra: eu entrei no PSB pelas mãos de Miguel Arraes, o velho Arraes e pelas mãos de Eduardo Campos. Cumpri com meus compromissos como eu faço na minha vida. Você não encontra ninguém que diga que Ricardo não cumpriu um compromisso. Essa é uma diferença entre nós.

De acordo com as regras do debate, a próxima pergunta foi feita por Ricardo Coutinho a José Maranhão:

- Eu quero voltar ao tema da PEC 300 e é uma oportunidade para o senhor tentar nos convencer que é sério aquilo. Primeiro por tentar dar um reajuste em pleno período eleitoral, ignorando todas as leis que dizem que isso não é possível. Segundo, dizendo que a economia da Paraíba vai melhorar e vai dar para pagar esse impacto. Eu queria perguntar e o senhor diga para a Paraíba qual é o impacto financeiro da PEC 300, dessa proposta que o senhor sacou no 2º turno e não lembrou dela no 1º turno. Qual é o impacto na folha de pessoal e em quanto está hoje o percentual da folha de pessoal em relação à receita corrente líquida?

Maranhão respondeu:

- Eu quero dizer que a situação fiscal da Paraíba não é melhor no presente pela herança que recebi do grande aliado do meu adversário. O mesmo aliado que no passado ele vergastava com as expressões mais pesadas em relação ao seu governo, às atitudes. Essa herança eu recebi e quando me colocaram essa herança na mão, tinham a impressão que o governo ia se inviabilizar pelos encargos. Era uma casca de banana. E eu entendi claramente o que se estava fazendo e me apliquei para honrar os compromissos  da legislação que foi feita pela Assembleia Legislativa do Estado, não obstante a forma como tinha sido feita. Estou pagando religiosamente em dia, como sempre paguei, sem forçar o servidor público a recorrer a empréstimo de qualquer natureza. Eu repilo a insinuação de que nós temos nomeado em excesso. Quem nomeou em excesso foi a Prefeitura Municipal de João Pessoa na sua gestão, proporcionalmente. O comprometimento da folha da prefeitura com pro-tempore e cargos comissionados é muito maior que na Paraíba, no Governo do Estado, proporcionalmente. Não é novidade. Está no Sagres, que é o site do Tribunal de Contas do Estado. Quem quiser, é só conferir. Não vejo nenhuma razão para estar lhe dando muito mais explicações sobre questões que você não está interessado em saber.

Ricardo disse, na réplica:

- Não é a mim que o senhor tem que dar explicação. É à Paraíba. Simplesmente, à Paraíba. Porque o senhor lançou uma proposta, com todo respeito, demagógica e eleitoreira e eu acabei de provar isso. Eu perguntei ao senhor qual era o impacto. O senhor não sabe qual é o impacto, por incrível que pareça. o senhor lançou uma proposta no guia eleitoral, fez uma reunião com seus coronéis, que lhe apóiam, e saiu pelos quartéis dizendo que pagaria a PEC 300 e não se prepara para chegar no debate e ter diante de si uma pergunta destas. O senhor não sabe qual é o impacto desta proposta, que o senhor não pagará, evidentemente, e não pode legalmente porque não tem dinheiro para isso. Se o senhor não sabe, eu vou lhe dizer. São 62 milhões de Reais. Isso corresponde a 31% da folha atual que está em R$ 201 milhões. E esses R$ 50 milhões que cresceram na gestão de um ano e sete meses do atual governante, cresceu justamente com os prestadores de serviço, que passaram de R$ 9 milhões para R$ 15 milhões e depois R$ 20 milhões e também cresceu nas gratificações graciosas. o senhor não pode enganar a Paraíba e com todo o respeito eu lhe digo isso. O senhor traz uma proposta que nem o impacto financeiro o senhor está preparado para dizer porque não sabe e, portanto, não vai cumpri-la.

A tréplica de Maranhão foi a seguinte:

- É bom que essas coisas aconteçam para a gente ver quem está favorável à melhoria salarial dos servidores e quem está contra. Quem está contra, saca qualquer número, arbitrariamente. Esse número que você está sacando, de R$ 60 milhões, não é verdadeiro. O número verdadeiro vai aparecer na mensagem que estamos remetendo à Assembleia Legislativa e que se comporta dentro dos limites do crescimento da receita que está prevista desde a proposta orçamentária que já apresentamos à Assembleia, na forma da lei. Esse crescimento, que é em torno de R$ 700 milhões, financiará completamente o aumento decorrente da PEC que estamos apresentando para melhorar a situação salarial da PM, policiais civis, agentes penitenciários, ativos e inativos. Essa é a proposta e eu não vou abrir mão dela porque é um ato de justiça. Nós tínhamos negociado uma parte deste aumento e agora ele se completa com a medida, como o projeto de lei que vamos encaminhar à Assembleia.

O debate da TV Clube foi mediado por Napoleão de Castro e teve apresentação de Eliane Nóbrega.

parlamentopb

Vital agradece votação expressiva em Patos e renova compromisso de lutar pelo desenvolvimento da PB


Marcos Eugênio

O senador eleito em 3 de outubro, Vitalzinho, depois de visitar Cajazeiras, Sousa, esteve ontem na cidade de Patos e conversou com jornalistas sobre assuntos diversos. Primeiramente agradeceu a Deus e destacou sua aceitação pelos patoenses, mais de 26 mil votos, importante contribuição para sua eleição ao Senado. Renovou seu compromisso de trabalhar e honrar cada sufrágio.
Dentre os assuntos questionados pela imprensa, sobre o uso da religiosidade na campanha eleitoral, tanto em âmbito estadual quanto federal, disse que é preciso o respeito à pluralidade de credo no Brasil, como prevê a Constituição Federal. “Cada cidadão tem o direito de expressar, de viver a sua fé”, comentou Vitalzinho. 

Sobre os questionamentos em torno da expressão da fé do candidato ao governo do Estado, Ricardo Coutinho (PSB), disse que isso não deveria contaminar o processo eleitoral, reforçando que deve prevalecer o respeito à tendência religiosa de cada um e o que deve ser julgado são as propostas, o desempenho político do candidato.

Tratou do aborto, tema inserido e explorado no debate político eleitoral, em especial no presidencial, enfatizando ter consciência científica e cristã de ser contrário à interrupção da vida, enaltecendo a importância da atenção à mulher, do planejamento familiar, que possa dar as condições mínimas para elas se planejarem.

A lei da ficha limpa, construída por força popular, lei complementar nº 135/2010, segundo Vitalzinho, trata-se pela primeira vez de uma reforma política no Brasil. Em sua anáise, ela já existe constitucionalmente, prevalece e que deve servir como filtro dos políticos brasileiros, os quais precisam se acostumar com ela. Disse acreditar que o TSE deverá manter a decisão do TER, que cassou o registro da candidatura de Cássio Cunha Lima baseado na referida lei.

Vitalzinho analisou como sendo grande a vitória da aliança do PMDB como PT na Paraíba, que originou a eleição de sete deputados federais, oito com Luiz Couto (PT), que mesmo sendo de outra base política faz parte da aliança; 23 deputados estaduais e até o momento os dois senadores, já que o processo de Cássio ainda tramita no TSE. Explicou que a sociedade paraibana está buscando renovação de seus quadros políticos. Um exemplo foi a eleição de vários jovens, citando Hugo Mota, o mais jovem deputado do Brasil, e inclusive ele próprio para o Senado.

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