DEFINIÇÃO DE SAUDADE NA LITERTURA DE CORDEL II
Publicamos neste espaço há poucos dias, esses pequenos poemas de grandes versos, respectivamente escritos pelo seringueiro acreano Candeia e por Pinto de Monteiro.
Poema I
"Saudade é um parafuso
que dentro da rosca cai.
Só entra se for torcendo
Porque batendo não vai,
E quando enferruja dentro
Nem torcendo não sai."
Poema II
Essa palavra saudade
Conheço desde criança.
Saudade de amor ausente
Não é saudade, é lembrança.
Saudade só é saudade
Quando morre a esperança.
Completando essa coluna, inserimos esses versos de Barbosa Sobrinho, definindo o que seja saudade.
Poema III
Saudade é uma palavra tão mimosa,
que só cabe nos cânticos de amor.
Quando a gente se torna um sonhador,
pronuncia saudade em cada glosa.
É tão bela que a lira de Barbosa,
decantá-la tentou inutilmente!
É um espinho que fura a alma da gente,
deixando o coração pela metade;
quer saber quanto custa uma saudade,
tenha amor queira bem e viva ausente.
Sinceramente, há definição mais sentimental e mais bela que as extraídas desses nossos cantadores?
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