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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Lacen discute estrutura para inquérito sobre esquistossomose na Paraíba


Técnicos do Lacen - Laboratório Central da capital estão reunidos hoje na 6ª Gerência Regional de Saúde com representantes de municípios sertanejos para discutir a logística, as estratégias para o inquérito nacional de prevalência da esquistossomose, que analisará amostras de 10 mil crianças de 7 a 14 anos de 23 municípios paraibanos. 

A pesquisa nacional busca identificar detalhadamente os focos e níveis de contaminação causados pela Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses, conhecida como barriga d’água, doença crônica caracterizada também como uma parasitose, que tem como principal hospedeiro o homem.  

A discussão nessa reunião gira em torno da rede de laboratórios existente, pessoal capacitado para leitura de lâminas, toda a infraestrutura disponível e necessária, dentre outros quesitos cruciais para o sucesso do trabalho de identificação das áreas em que a parasitose está mais frequente e de descentralização dos diagnósticos de exames, cujas lâminas serão preparadas, além do laboratório de João Pessoa, em Campina Grande e Sousa, que possuem pessoal qualificado, treinado inclusive pela Fiocruz para leitura das amostras.

Do total de amostras realizadas 10% serão encaminhadas para a Fiocruz – Fundação Osvaldo Cruz. O Lacem, além de ajudar a montar os laboratórios de Campina e Sousa, fará o monitoramento deles. 

O primeiro levantamento nacional de presença da esquistossomose no Brasil ocorreu entre 1947 a 1952. O último foi realizado, entre 1977 a 1981, deixou de fora os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia, Bahia e São Paulo, além do Distrito Federal. Os dados atuais estão bastante defasados, e com essa campanha o Ministério da Saúde poderá direcionar melhor ações de controle, fazer comparativos se houve ou não aumento da esquistossomose no Brasil. 

O que é esquistossomose
A esquistossomose é uma doença causada por vermes parasitas. Infecção por Schistosoma mansoni, S. haematobium, e S. japonicum causam a esquistossomose em humanos. Em todo o mundo, em torno de 200 milhões de pessoas são infectadas pela esquistossomose.

Como se pega esquistossomose
A infecção ocorre quando a pele entra em contato com água contaminada na qual vivem certos tipos de caracóis que carregam a esquistossomose. A água fica contaminada pelos ovos da Schistosoma quando pessoas infectadas urinam ou defecam nela. Os ovos eclodem e, se certos tipos de caracóis estiverem presentes na água, o parasita cresce e se desenvolve dentro deles. O parasita deixa o caracol e entra na água, onde pode sobreviver por em torno de 48 horas. Os parasitas Schistosoma podem penetrar na pele de pessoas que estão se banhando ou nadando na água contaminada de lagos, canais ou rios. Dentre de semanas o verme cresce dentro dos vasos sanguíneos da pessoa e produzem ovos. Alguns desses ovos viajam até a bexiga ou intestinos e são passados para a urina ou fezes.

Sintomas da esquistossomose
Dentro de dias depois de infectada, a pessoa pode desenvolvem erupções e coceira na pele. Febre, calafrios, tosse e dor muscular podem começar dentro de 1 a 2 meses depois da infecção. A maioria das pessoas não apresenta sintomas na fase inicial da infecção. Os ovos viajam ao fígado ou passam para o intestino ou bexiga, causando inflamação ou cicatrizes. Crianças que são repetidamente infectas podem desenvolver anemia, subnutrição e dificuldades de aprendizado. Depois de anos de infecção o parasita pode danificar o fígado, intestinos, pulmões e bexiga. Em raras ocasiões os ovos podem ser achados no cérebro ou cordão espinhal e causar convulsão, paralisia ou inflamação do cordão espinhal.

Como prevenir a esquistossomose
* Evite nadar em lagos, canais e rios em regiões onde a esquistossomose ocorre. Nadar no oceano e piscinas com cloro é geralmente considerado seguro.
* Certifique-se que a água que bebe é segura. Caso tenha dúvidas, ferva a água por 1 minuto ou a filtre.
* Em regiões com esquistossomose a água de banho deve ser aquecida por 5 minutos a 65°C. Água mantida em caixas d'água por mais de 48 horas pode ser considerada segura para banho.
* Se houver exposição acidental rápida a água potencialmente contaminada, secar-se vigorosamente com toalha pode ajudar a prevenir que o parasita penetre na pele.

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