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sábado, 6 de agosto de 2011

Reginaldo Poeta




Centro de Cultura Amaury de Carvalho promove palestra e abre exposição

O Centro de Cultura Amaury de Carvalho promoveu nesta sexta-feira, 05 de agosto, dois eventos culturais abertos ao público. No primeiro momento, em uma parceria do Centro de Cultura com o Instituto Histórico e Geográfico de Patos, o historiador José Romildo de Sousa fez uma palestra em forma de homenagem ao saudoso violonista e compositor patoense, Antônio Emiliano, um dos principais músicos que marcaram época na cidade de Patos, especificamente, na década de 60. Para interpretar “Preto Velho José”, canção de sua autoria e campeã em um festival de música da época, foi convidado o músico Saraiva. Já a eterna “Patos dos Meus Tempos”, foi interpretada por Cândida Maria. Por último, o músico Nilsão fez sua homenagem interpretando Tributo a Emiliano, de autoria do também saudoso Virgílio Trindade.
“Pela pessoa que foi o Emiliano e a contribuição artística que deu à cidade de Patos, resolvemos resgatar a memória dele através dessa homenagem. Emiliano assim como outros patoenses que a nova geração não chegou a conhecer, foram pessoas que tiveram uma importância fundamental na construção da história das espinharas, que sempre foi um grande celeiro de nomes e personalidades em todos os ramos da atividade humana”, afirmou o historiador Romildo de Sousa.
Na sequência aconteceu a abertura da exposição “O Universo de Ascendino Leite” da artista plástica Fran Lima, que possui trabalhos expostos no Brasil e em diversos países. Fran Lima homenageia o escritor com telas que traduzem o universo literário do escritor e jornalista paraibano, famoso pelo extremo cuidado e respeito que tinha às palavras. Ascendino Leite, morreu aos 94 anos no dia 13 de junho de 2010.
“Ascendino foi meu amigo durante muitos anos, e quando eu mudei para Patos, me afastei dele durante os últimos dois anos. Como vai fazer um ano de sua morte, resolvi homenageá-lo pintando um pouco da sua vida e obra. Acho que as pessoas que gostamos devem sempre ser lembradas”, disse Fran Lima.
Para o secretário de Cultura, Wandecy Medeiros, “foi mais um evento de grande valor cultural para a cidade de Patos. Quero agradecer a todos que se fizeram presente e dizer que iremos manter um calendário de eventos aberto ao público no Centro de Cultura Amaury de Carvalho, sempre com o intuito de movimentar o cenário artístico da cidade”, relatou o secretário.
Por último a artista plástica Fran Lima fez a doação de um quadro pintado com a imagem do músico patoense Antônio Emiliano, para que fique definitivamente exposto no Centro de Cultura Amaury de Carvalho.
 Hélio Barbosa

No Aniversário da Cidade de Ipueira-RN, é o Esporte de Patos quem faz a Festa

Num jogo comemorativo dos setenta e dois anos da cidade de Ipueira, no vizinho estado do Rio Grande do Norte, o Esporte de Patos foi o convidado para abrilhantar as festividades esportivas programadas para a data e cumpriu o intento ao fazer uma boa exibição e conquistar mais uma vitória sob o comando do técnico Batista.

A partida ocorreu na tarde desta sexta-feira (05), e por ser um dia útil, dificultou a escalação da equipe do Esporte uma vez que dos atletas quem vem atuando normalmente no campaonato amador alguns estavam trabalhando; outros assistindo aula. Por conta disso, em torno de seis titulares ficaram de fora, obrigando o técnico a colocar em campo um mistão com a estréia de vários novos jogadores. As ausências mais sentidas foram dos meias Renan e Ceceu e no miolo de zaga, onde dos quatro zagueiros do elenco, apenas um estava à disposição.

O jogo festivo contou com a presença de um bom público, com a participação da prefeita de cidade, dando o ponta a pé inicial, de vereadores e desportistas da região, os quais foram homenageados com placas de Honra ao Mérito. Premiação extensiva também ao ex-presidente do Esporte, Edileudo Lucena, ex-professor na cidade e um dos articuladores junto com o vereador Ademir para a realização desta partida.

No jogo, o Esporte, mesmo com as dificuldades iniciais decorrentes da falta de entrosamento, conseguiu se encontrar em campo e saiu vitorioso com o placar de 1 x 0, gol marcado pelo meia Taciano, um dos destaques do confronto. Ao final, o capitão Naldo recebeu o troféu de vencedor em nome de toda equipe e todos os atletas e comissão técnica, medalhas de campeão.

Ficha Técnica da Partida:

Esporte: Chiquinho, Tibério, Flávio, Tiago e Jeferson, Naldo, William (Araújo) (Jefinho), Rodrigo e Taciano, Kaká e Toninho (Leleto). o Técnico Batista ainda contou com os goleiros Horácio e Yuri, e o lateral Adriano.

Ipueira: Sérgio, Silas, Marcelo, Adriano (Vítor), e Ubirani (Tainã), Ismael, Dedé, Yong ( Naldinho) e Jean, Kenedy (Chumbinho) e Ítalo (Guilherme) (Golinha). Téc. Ademir

Árbitro: Marcos
A1 - Rênio
A2 - Robson.

Após o jogo os atletas de ambas as equipes se confraternizaram em uma área da cidade, sob a organização do vereador Ademir.       

Edileudo Lucena

Comunicação



O jornal Correio da Paraíba, edição de 31/07/2011, publicou na coluna Conversa Aberta, de responsabilidade do Conselho Regional de Psicologia/PB, o texto: Pais e filhos - o diálogo é fundamental, de autoria de Morgana do Nascimento Andrade, cajazeirense, Psicóloga clínica, especialista em Dor pelo Hospital A.C. Camargo, São Paulo/SP, e Neuropsicóloga atualmente atendendo na Clínica da Coluna, na rua Dom Moisés Coelho, 396 – Torre, em João Pessoa. Pela importância e proximidade do dia dos pais, julgamos pertinente republicá-lo nesse site. Leiam, reflitam e comentem.


PAIS E FILHOS: O DIÁLOGO É FUNDAMENTAL


 


“Na relação entre pais e filhos há muitos altos e baixos. Para alguns pais, os tempos mudaram. Dizem: antes os pais davam ordens e os filhos obedeciam. Agora, é o inverso. O mundo virou de cabeça para baixo. Embora compreensível, essa opinião não deve ser naturalizada, pois carece de uma discussão cautelosa.


Hoje, apesar de tantos avanços e inovações educacionais, vemos pais insistirem na defesa desse antigo modelo de convivência familiar. Defendem radicalmente o discurso da ordem. E existe razão para isso, pois é mais fácil adaptar-se ao desenvolvimento tecnológico do que ao educacional. A tecnologia da telecomunicação concedeu ao homem atual o privilégio de comunicar-se instantaneamente, porém, está criando um ente excessivamente informado, mas pouco participativo no hábitat familiar.


Resultado: ausência de comunicação entre membros da família; falta de solidariedade e de respeito; pouca capacidade para escutar o próximo e para expressar e trocar sentimentos. O diálogo familiar está em crise. A comunicação virtual entrou nos lares emudecendo as pessoas, enclausurando pais e filhos em quartos separados, e pouco se falando. Conversam mais, via modem, com desconhecidos, do que com familiares e amigos. Trechos da carta a seguir, extraída do Boletim Quatrocentão [2000], escrita por uma garota de 13 anos, convida-nos a refletir sobre os argumentos acima expostos.


“Mamãe, eu preciso desabafar. Sei que você se mata por nós. Ninguém sabe agradecer, mas todos nós lhe somos gratos. Nós queremos é você e não os seus serviços. Quem consegue conversar a sós com você?


Você ralha sempre comigo. É o vestido sujo e rasgado, os cabelos despenteados, o quarto desarrumado. Sempre as mesmas reclamações inúteis, que já sei de cor. Sabe o que está faltando nessa casa?! Tempo para conversar. Quando eu volto do colégio, morro de vontade de chegar perto de você e de contar tudo; meus amores, meus sonhos, meus medos. Você está na cozinha. Eu sei... a comida não pode queimar. Mas você sabe que me queima a alma sua frase sempre fervendo de impaciência: ‘agora não... não posso ouvir nada. Daqui a pouco’. O daqui a pouco nunca chegou. E estou farta de esperar.


À noite, quando os pequenos ferram no sono, se eu pudesse ficar a sós com você, eu diria tudo: o livro que me impressionou, os segredos de minha única amiga, até mesmo os meus pecados. Tudo isso eu diria. Você nunca se sentou à beira da minha cama para conversar! Ah! se você soubesse a desordem que reina no meu coração! Se eu pudesse um dia verificar que meus problemas interessam a você, eu me sentiria crescer. Eu seria boa, eu me tornaria alguém. Não se zangue, Mamãe. Fale comigo”.

Morgana do Nascimento Andrade

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Lei Maria da Penha completa 5 anos

Criada para tornar mais rigorosa a pena contra quem agride mulheres, a Lei Maria da Penha completa neste domingo (7) cinco anos em vigor. Nesta sexta-feira (5), o governo comemora a data com um evento no Rio os avanços para a política da mulher, mas espera a validação da lei no Supremo Tribunal Federal (STF) para torná-la ainda mais eficiente.

Em muitas decisões, juízes chegaram a afirmar que a norma fere a Constituição e a igualdade entre homens e mulheres. Desde 2007, tramita no STF um pedido feito pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a Corte declare a lei constitucional. A ação foi proposta pelo ex-presidente Lula para evitar brechas e uniformizar o entendimento da Justiça sobre a lei.

A ministra da Secretaria das Mulheres, Iriny Lopes, afirmou em entrevista ao G1 que a expectativa do governo é “positiva” em relação à manifestação da mais alta Corte brasileira.

“É um presente que o STF dará não só às mulheres, mas à sociedade. É responsabilidade passar paz e confiança para essas mulheres que são agredidas perante os filhos. Nossa expectativa é positiva porque um agressor impetrou um habeas corpus no STF, e o voto do relator já indicava que não havia inconstitucionalidade na lei”, afirmou a ministra.

O julgamento de um habeas corpus , em março deste ano, foi uma amostra de como a atual composição do plenário do Supremo vê a Lei Maria da Penha. Por unanimidade, os ministros negaram o recurso de Cedenir Balbe Bertolini, condenado a prestar serviços à comunidade por ter dado empurrões em sua companheira.

Ele recorreu ao STF porque, de acordo com a legislação de processo criminal, é possível pedir suspensão do processo em casos de pena mínima de um ano. Mas a Lei Maria da Penha impede a concessão desse tipo de benefício aos agressores de mulheres.

“Estamos aguardando a votação. Não se trata só de punir. A lei é muito abrangente. A lei já alterou a sociedade, ela ficou muito conhecida e pode até ter um caráter pedagógico”, disse a ministra Iriny Lopes.

Durante o julgamento, todos os ministros defenderam a validade da lei e lembraram a desigualdade que marca os casos de violência contra as mulheres. “[A lei], além de constitucional, é extremamente necessária porque é no seio da família que infelizmente se dá as maiores violências e as maiores atrocidade”, afirmou o ministro Dias Toffoli na ocasião.

“Todas as vezes em que uma de nós é atingida, todas as mulheres do mundo são. É a autoestima que vai abaixo. É esta mulher que não tem mais condições de cumprir seu papel com dignidade e estamos falando da dignidade humana”, declarou no julgamento a ministra Cármen Lúcia.

Diante dos ataques à Lei Maria da Penha, em junho de 2010, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também ajuizou uma ação pedindo que o Supremo defina uma contradição que provoca distúrbios na interpretação da lei.

A Lei Maria da Penha permite que o processo contra o agressor seja extinto se a mulher retirar queixa. Mas o ex-procurador pede que o Supremo interprete a lei de forma a não permitir que a queixa seja desfeita e, com isso, garanta “resposta a um quadro de impunidade de violência doméstica contra a mulher”. As duas ações são de relatoria do ministro Marco Aurélio Mello. 

G1

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