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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Comandante da PM fala de carnaval, drogas e violência em Patos

Marcos Eugênio
Foto:Marcos Eugênio
 
Em entrevista ao pbnoticias o comandante do III BPM-Patos-PB, Tenente Coronel Eneas Cunha Rolim, falou sobre os preparativos da segurança para o carnaval 2012. Mesmo não tendo ainda atuado durante a festa momesca de Patos, diz que vai elaborar plano de trabalho utilizando informações de planejamentos anteriores. Enfatizou ter informações da tranquilidade do carnaval de Patos, do percurso dos blocos e que fará reunião, juntamente com o Ministério Público, com os diretores desses blocos para oferecer algumas orientações para que a festa ocorra com muita paz. “É importante que todos se divirtam com responsabilidade, sem extrapolar, respeitando o direito do próximo”, enfatizou Rolim.

Além de Patos, segundo o comandante Rolim, o III BPM vai marcar presença de mais maneira mais consistente em localidade como Santa Luzia, Coremas e Catolé do Rocha, estas duas últimas principalmente, por realizarem a festa há muitos anos, recebendo grande número de foliões, sendo preciso maior alerta da segurança pública.

Todo o contingente policial seguirá escala de trabalho de 24h por 24h. Quem estiver de sobreaviso será chamado. A meta é mobilizar todo o efetivo possível, cerca de 730 policiais para a festa de carnaval. 

Sobre a cidade de Patos, o comandante do II PBM explicou à nossa reportagem que por Patos ser bem desenvolvida, uma das principais cidades do Estado, acaba atraindo a criminalidade, cabendo às autoridades fazer um planejamento que ofereça maior segurança à população. “Algumas situações fogem ao controle do policiamento ordinário. É ai que entra o trabalho de inteligência, de investigação da Polícia Civil. Acredito que vamos trabalhar essas três vertentes para alcançar bons resultados frente ao quadro de segurança que a cidade apresenta”, explicou.

Rolim destacou ao pbnoticias que a criminalidade em Patos tem fortes ligações com o tráfico de entorpecentes e que no seu comando a Polícia vai combater, agir fortemente para tentar  coibir tal prática. 

Sobre o crack explicou que o consumo dessa droga extrapolou a barreira da segurança, sendo hoje um problema de saúde pública. Disse ser preciso uma ação ampla e conjunta. O comandante diz que a Polícia está combatendo os efeitos e as causas, mas há um problema maior que é o viciado, que não consegue por si só se livrar desse mal, que muitas das vezes ele entra por mera curiosidade. 

“É necessária uma mobilização por parte dos órgãos de saúde do Município, Estado e União para que se possa tratar essas pessoas e trazê-las para o senso normal das coisas. Do contrário o trabalho das polícias se torna uma ação de enxugar gelo. Aquela massa de viciados, de verdadeiros zumbis permanece carente da droga e o traficante que é preso pode ser substituído rapidamente por outro, já que o mercado consumidor dos entorpecentes é muito alto e crescente.

O mundo do tráfico gera muitas consequências de violência para a população, com roubos, furtos, assaltos, homicídios (61 registrados em 2011 em Patos), crimes contra o patrimônio, amedrontando os cidadãos. Acrescentou que dará continuidade às ações já implementadas de combate ao tráfico e que novas táticas vão ampliá-las. Sobre a parceria para mudar o cenário do consumo de drogas em Patos e região, já visitou as gerências de Educação e Saúde levando essa proposta para ser trabalhada em conjunto.

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