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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

“Falta de educação ambiental compromete trabalho contra dengue”, diz Molina


A falta de conscientização ambiental tem sido um entrave na luta contra a dengue no Brasil. Essa é a opinião do gerente de Vigilância Sanitária de Campina Grande, Jorge Molina, que proferiu palestra nesta quarta-feira aos alunos do curso técnico de Vigilância em Saúde, com duração de dois anos, que acontece no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde, em Patos.
Sobre esse problema diz que ainda persistem na sociedade péssimos hábitos, como a não separação do lixo, seu depósito em qualquer lugar e surgidos também alguns processos industriais que agravam esse problema. Citou o uso excessivo de materiais descartáveis, como copos, garrafas que, caso não passem por um processo de reciclagem, acabam indo parar no meio ambiente, se tornando elementos de risco, servindo para acúmulo de água. 

“Nossa população não está devidamente conscientizada, até porque muitas vezes o próprio município não oferece condições adequadas de coleta de lixo, campanhas educativas, nem locais apropriados para deposição final para os resíduos. Ou seja, apenas transfere o problema de um lugar para outro. É preciso um trabalho educativo mais forte para mudar essa realidade”, enfatizou Molina. 


Ele trouxe consigo o kit da “Campanha Definitiva Contra a Dengue”, composta de revista em quadrinhos, jogo educativo e lúdico, cartaz, bottons e material para divulgação, a exemplo de outdoor, camiseta, banner e mídia eletrônica, um projeto elaborado no final do ano passado com a GrafSet, que vem sendo adotada por alguns municípios e será exposta para todo o Brasil.

A idéia é trabalhar a escola, cujos alunos se tornam multiplicadores de conhecimentos, levando as informações para o seio familiar, contribuindo para a quebra de paradigmas de como encarar a dengue. “Todo processo de mudança que venha a acontecer no município, obrigatoriamente tem que passar pela escola se você pretende que ela seja definitiva e abrangente. Através da escola se consegue mudar a forma de pensar de toda uma geração e atingir todo o núcleo familiar daquela criança”, disse Molina.

Analisa que, se o tema for trabalhado de maneira prazerosa, lúdica, a possibilidade de a informação chegar em casa é garantida. Enfatiza que o kit, revolucionário na sua concepção, elaborado na Paraíba, permite conscientizar, educar a criança sobre aspectos ambientais, da dengue, foco principal, mas também de outros problemas relacionados à doenças veiculadas por ela. O gerente da VS de Campina explica que a revista aborda, em quadrinhos, todo o contexto da dengue, exercícios que objetivam a conscientização das crianças a forma correta de identificar possíveis criadouros do mosquito Aedes e como desativá-los.

Para Molina o crescimento da dengue decorre da falta educação, sobretudo da educação ambiental, sendo necessária a mudança de atitude da população, com a escola, os órgãos públicos, empresas privadas, imprensa, responsáveis pela conscientização dos habitantes. Ele cita exemplos, como a questão do lixo depositado em locais inadequados, o qual se torna um dos fatores que contribuem para o aumento da doença.

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