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sábado, 14 de julho de 2012

Licitação da lagosta é cópia de compra feita no governo Maranhão III

EXCLUSIVO -  Chamou atenção de muita gente nos últimos dias o anúncio do pregão presencial realizado pelo governo do Estado para registro de preços de quilos e mais quilos de frutos do mar, como lagosta, camarão e peixe mero, este último com consumo proibido pelo Ibama.
 
A lista só não chamou atenção dos ex-auxiliares do governo anterior, em especial do ex-secretário de Administração do Estado, Antônio Fernandes, que assinou no dia 1º de julho de 2010 uma licitação idêntica pra compra dos mesmos produtos.
 
É o que comprova ata de registro de preços 0090/2010, referente ao pregão presencial 70/2010, do processo de número 19.000.07498.2009, de julho de 2010, a qual o blog teve acesso.
 
A lista é praticamente idêntica e serviu de base a que foi usada pelo governo atual e traz exatamente as mesmas iguarias, revelando lagosta, camarão, bacalhau, salmão e mero já são espécies recorrentes do cardápio da Granja Santana.
 
O governo passado não só licitou,como comprou cerca de R$ 129.649,85 dos produtos listados, fazendo os antigos moradores da Granja Santana, certamente, terem saudades do passado. 
 
Segundo a ata de registro de preços, o governo anterior fez pregão para registrar preços de toneladas e mais toneladas de frutos do mar, cujo o valor total foi de R$ 334.700,00 e o vencedor foi o Mini Mercado União LTDa.
 
O governo Maranhão III, por exemplo, listou 300 quilos, a R$ 11.610,00 de camarão de água salgada e mais 300 quilos, a R$ 9.600,00, de camarão inteiro, “grande, de primeira qualidade”. A carne de siri e cauda da lagosta, que tanto chamaram atenção, também estavam na lista do governo passado. Foram 300 quilos de cada uma das duas iguarias da marca Onda Nobre, tudo de “primeira qualidade”.
 
A lista, assim como a que foi divulgada recentemente, traz ainda quilos e mais quilos de filés e postas de badejo (150 Kg), robalo (288 Kg), dourado (158 Kg), salmão (288 Kg), bacalhau (650 Kg) e do famoso mero (268Kg), cuja pesca aponta sérias restrições, mas que na época não teve proteção alguma dos órgãos ambientais.
 
toneladas de carnes bovinas e de frango também consta da lista, além de iogurte de frutas, óleo girassol e até Vinagre de Maçã. 
 
Em entrevistas, a atual secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, declarou que ao pregão servia pra registrar preços a fim de que o governo obtivesse o menor custo e não necessariamente significaria compra da quantidade apontada.
 
Ela bem que poderia recorrer a Antônio Fernandes para explicar a imprensa sobre o pregão, que foi copiado do governo anterior.  
 
Evitaria, inclusive, que deputados da oposição hoje, como Trócolli Júnior (PSD) e Caio Roberto (PR), não atacassem publicamente a existência de uma ata que foi copiada da gestão da qual eles também se deliciavam, quiçá desfrutando de um bom vinho branco. Mas, na época, sem reclamar.
 
ABAIXO, CÓPIAS DE CINCO DAS 20 PÁGINAS DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS DO PREGÃO PRESENCIAL REALIZADO NO GOVERNO ANTERIOR, BEM COMO DO DIÁRIO OFICIAL COM A LISTA DE TODOS OS ITENS: 
 
 
 
 
Luís Tôrres

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