Natal: Jesus fala-nos através das crianças

 Inácio A. Torres

Estamos vivenciando a época de Natal, um período no qual devemos preparar o nosso espírito para a recepção de bons fluidos e bons pensamentos. Ensejo para trabalharmos as nossas emoções no sentido de trazermos a nossa memória algumas saudáveis lembranças ocorridas desde a nossa infância. Aliás, Natal só é Natal se, de fato, houver fraternidade, solidariedade, respeito, justiça e amizade. Se houver pelo menos mais aproximação da prática da pregação de Jesus. Se realmente pensarmos na relevância da celebração do Menino Jesus, como recomenda a tradição verdadeira que pode ser traduzida no respeito às crianças do Brasil e do mundo.

Aliás, reportando-se às crianças, quando indagado pelos discípulos sobre quem seria o maior no reino dos Céus, Jesus chamou um desses pequeninos colocou-a entre eles e advertiu: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se fizer humilde como esta criança, será o maior no reino dos céus. E o que recebe em meu nome, a um menino como este é a mim que recebe. Mas, se alguém fizer cair em pecado a um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar” (Mateus, 18, 1:6).

Ainda sobre a grandeza da inocência infantil, conta-se que, certa vez, o filósofo Dov Beer Mezertich, perguntado sobre quem, dentre os humanos, servia de melhor exemplo a ser seguido, ele respondeu: “são as crianças. Elas possuem três qualidades que nunca deveríamos nos esquecer”. E concluiu: “estão sempre alegres sem razão. Estão sempre ocupadas. E quando desejam qualquer coisa, sabem exigi-la com insistência e determinação.”

Cremos que uma dos melhores presentes que se pode oferecer a uma criança seja escutá-la, valorizar sua manifestação oral ou escrita. Por isso, neste natal, inserimos trechos de uma enquete bem humorada feia pelo jornal italiano Corriere della Sera. Essa investigação teve como objetivo opinar sobre o relacionamento das crianças italianas com o Menino Jesus. Para tanto, os leitores daquele noticioso deveriam escolher, entre frases retiradas do livro “Querido Jesus, a girafa você queria assim mesmo ou foi um acidente?”, da editora Sonzogno, as que julgassem mais interessantes.

O conteúdo das frases compõe-se de uma amostra do que as crianças costumam escrever nas redações da escola, nas aulas de catecismo e em bilhetinhos de  final de ano. É que na Itália, o Papai Noel não toma conta do imaginário infantil, é o menino Jesus o personagem mais importante.

Leia a seguir as frases das crianças italianas e escolha a sua preferida. Você pode fazer o mesmo na escola ou em sua casa com a sua família. É uma brincadeira séria e educativa para a evolução da espiritualidade e da comunicação infantil.

“Querido Menino Jesus, todos os meus colegas da escola escrevem para o Papai Noel, mas eu não confio naquele lá. Prefiro você” (Sara).

“Querido Menino Jesus eu gostaria muito de saber o nome do seu Boi e do seu Jumento.”

“Querido Menino Jesus, obrigado pelo irmãozinho. Mas, na  verdade, eu tinha rezado pra ganhar um cachorro” (Gianluca). 

“Querido Jesus, por que você não está inventando nenhum  animal novo nos últimos tempos? A gente vê sempre os mesmos” (Laura).  

“Querido Jesus, por favor, ponha um pouco mais de férias entre o Natal e a Páscoa. No meio, agora está sem nada” (Marco). 

“Querido Jesus, o padre Mário é seu amigo ou você conhece ele só do trabalho?” (Antonio).  

“Querido Menino Jesus, por gentileza, mande-me um  cachorrinho. Eu nunca pedi nada antes, pode conferir” (Bruno).

“Querido Jesus, eu gosto muito do padre-nosso. Você  escreveu tudo de uma só vez, ou você teve que ficar apagando? Qualquer coisa que eu escrevo eu tenho que refazer um monte de vezes” (Franco). 

“Querido Jesus, talvez Caim e Abel não se matassem  se tivessem um quarto pra cada um. Com o meu irmão funciona” (Lorenzo).

“Querido Jesus, nós estudamos na escola que Thomas Edison inventou a luz.Mas no catecismo aprendi que foi você. Pra mim, ele  roubou a sua idéia” (Daria). 

 “Querido Jesus, em vez de você fazer as pessoas morrerem e aí criar novas pessoas, por que você não fica com as que já têm?” (Marcello). 

“Querido Jesus, você é invisível mesmo ou é só um truque?” (Giovanni).

Aos amigos e leitores, desejamos um Natal feliz e um Próspero 2013! 

Autoestima – uma leitura saudável