Marcos Eugênio
A chuva não veio, ainda, mas o clima ficou bastante
carregado na noite desta quinta-feira 21 na Câmara Municipal Casa Juvenal Lúcio
de Sousa, na abertura dos trabalhos da 16ª legislatura.
A prefeita Francisca Motta (PMDB), o novo bispo
da Diocese de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, além de representantes da OAB,
III BPM e galerias praticamente lotadas, assistiram momentos deprimentes,
apesar da Casa ser local propício ao debate, mas de idéias, projetos que
contribuam para o progresso. O jogo de interesses partidários e particulares de
alguns vereadores deixou, principalmente Dom Eraldo, perplexo com as palavras
ríspidas proferidas pelo ex-presidente do Legislativo, Marcos Eduardo, que hoje
faz oposição ao grupo do PMDB, que tanto defendeu.
Após o discurso da prefeita Francisca Motta,
vereadores como Jefferson Melquíades e Marcos Eduardo deixaram seus protestos
pela decisão da presidência da mesa diretora de não permitir a fala dos
parlamentares, apenas do Executivo. Marcos, bastante alterado, esbravejou ao
microfone que seu grupo formado por ele, Sales Junior, Fernando Jucá e
Jefferson teve o direito de falar cassado. “A sessão não era solene e sim
ordinária. Por isso qualquer vereador tinha o direito de usar a tribuna.
Estamos sendo perseguidos pela presidente Nadigerlane Rodrigues. Não somos
convidados a participar de nada. Não sei que está orientando ela tão mal. Não é
ela que está dirigindo a Casa e sim o Executivo.”, argumentou Eduardo.
Ele na sua revolta citou o caso do Pastor
Bonifácio, que teria sido humilhado, com quatro ônibus de sua escola apreendidos
pela STTrans. Disse que na próxima sessão vai cobrar explicações sobre esse
caso que envolveu o diretor do Colégio EVO-Gente Inocente.
A presidente da Casa Juvenal Lúcio de Sousa,
Nadigerlane, sobre a atitude de Eduardo, disse estar triste e lamentou, dizendo
que alguns vereadores, mesmo com o recesso, foram à sessão sem demonstrar seu
compromisso de trabalho em prol do povo, estando preocupados apenas com a causa
pessoal.
A prefeita Francisca Motta abriu seu discurso
falando do papel do gestor público. Lembrou de sua história de legisladora ao
longo de vinte anos. Enfatizou que fará de tudo para cumprir com sua missão de
gestora, prefeita de Patos e da necessidade de conclusão de obras iniciadas por
Nabor Wanderley, elencando ações em várias áreas, que precisam ser
concretizadas, como na cultura, esportes, áreas de lazer, desenvolvimento e
incentivos à indústria e comércio.
Habitação, ação social, mobilidade humana,
guarda municipal foram outros pontos anunciados como prioritários. “Não podemos
perder tempo com querelas partidárias. Virei sempre a esta casa, não sob
pressão, mas em nome da maioria que me elegeu. O povo é o grande foco de nosso
trabalho. Vejo em cada legislador um parceiro e a necessidade de trabalharmos
juntos, contribuindo para o engrandecimento de Patos”, disse Francisca.
Pelo exposto na noite desta quinta-feira 21 dá
para perceber que os embates serão acalorados na Câmara Municipal de Patos.
Resta saber se eles serão em torno dos problemas da cidade ou em cima dos
interesses particulares de cada um.
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