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sexta-feira, 8 de março de 2013

Sebrae e parceiros discutem Programa de Bovinocultura Leiteira e convívio com a seca


Projetos atendem a 228 produtores de leite de 58 municípios da Paraíba, com assistência em gestão, qualidade do leite e da reprodução animal

            O longo e agravante período de estiagem no ano passado, que deixou 171 cidades paraibanas em estado de emergência, diminuiu em torno de 50% o rebanho bovino da Paraíba. Com isso, a capacidade de produção leiteira também foi reduzida. Para que os produtores do Estado possam conviver com essa situação, técnicos do Sebrae, da Emepa, do IBS (Instituto Biosistêmico) e consultores, discutiram as estratégias de projetos e ações para um programa sustentável e rentável de convívio com a seca. As ações envolvem o mercado de lácteos, capacitação dos produtores em gestão das propriedades e da atividade leiteira, bem como as tecnologias de produção de palma forrageira, de nutrição animal, de silagem, de gestão estratégica dos recursos hídricos e de melhoramento genético e inseminação artificial dos rebanhos.

            Atualmente, o Sebrae Paraíba atua com cinco projetos, ao longo do Estado, atingindo 58 municípios das regiões de Pombal, Patos, Sousa, Guarabira e Campina Grande. Esses projetos atendem juntos a 228 produtores dessas regiões, que produziram cerca de 10 milhões de litros de leite no ano de 2012, cuja destinação divide-se entre agroindústrias de beneficiamento de leite e produção de derivados, como queijos, iogurtes, bebidas lácteas e também as pequenas queijeiras produtoras de queijos de coalho, manteiga e manteiga da terra.
             “Apesar da estiagem, o mercado de lácteos continua aquecido e as agroindústrias paraibanas, se não conseguirem leite in natura no estado, continuarão adquirindo leite em pó, de outras regiões e do exterior” destacou o gerente de Agronegócios do Sebrae Paraíba, Antônio Felinto Neto.

          Em uma das maiores áreas de gado leiteiro do Estado, o Cariri Oriental, ainda não houve grande diminuição da produção, no entanto, as reservas já estão se exaurindo, conforme relatou o gestor do projeto Leite e Derivados do Sebrae em Campina Grande, Rodrigo Azevedo. “Apesar das dificuldades, temos casos de sucesso na região de Barra de Santana, com alguns produtores incorporando tecnologia, diminuindo custos e evitando os prejuízos”, disse o gestor.

 Nesse sentido foi destacada a construção de parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) para a doação de raquetes de palma, para a constituição de um campo de palma resistente à colchonilha do carmim em cada uma das áreas dos projetos.

 Além dessas questões, os técnicos discutiram outras relativas à organização desses produtores para a aquisição de insumos como rações concentradas e sal mineral, a organização de mecanismos de negociação do mercado de bezerros, a recomposição de rebanhos por meio de métodos artificiais de inseminação e o acesso a crédito para investimento e custeio da produção.

            “Na bovinocultura leiteira, precisamos trabalhar com um grande programa e não apenas com ações pontuais”, ressaltou o consultor do IBS, Fernando Gomes que atua na região da cidade de Pombal.

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