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terça-feira, 9 de abril de 2013

Assassino de Fernanda diz que queria dinheiro para comprar drogas



“Fernanda, venha aqui por favor”. Este foi o argumento de Jefferson Luiz de Oliveira para atrair a estudante Fernanda Hellen para dentro de sua residência. Dentro da casa o assassino exigiu dinheiro porque queria comprar droga. A revelação foi feita pelo delegado Aldroville Grise, encarregado das investigações sobre o desaparecimento da estudante.
Fernanda ainda disse para o criminoso que ia ligar para seu avo e pedir o dinheiro. Nesse momento Jefferson rebateu aparelho celular do bolso esquerdo da criança e disse para ela “você está sequestrada”.
Segundo o relato do delegado, a menina tentou gritar e correr foi quando Jefferson deu uma “gravata” na garota e ela desfaleceu. Como estava sozinho em casa ele colocou o corpo debaixo da cama onde ele dormia com a esposa.
A frieza de Jefferson Luiz foi mais além. Após esconder o corpo, ele colocou o telefone celular entre ursos de pelúcia de uma filha dele de 3 anos.
Segundo o delegado, Jefferson trabalhava no período noturno, enquanto que sua esposa durante o dia. Quando a esposa chegou e para não levantar desconfiança, o criminoso forjou uma briga com a esposa que resolveu sair e dormir na casa de sua mãe, sogra dele.
Após a saida da esposa, ele voltou a usar droga, o que já havia feito quando atraiu a menina. Mas, devido a movimentação quando foi confirmado, cerca de 5 horas depois o desaparecimento da estudante não conseguiu dar fim ao corpo. A esposa retornou, foi para o quarto, ainda assistiu televisão sentada na cama e depois saiu.
O delegado narrou ainda que o bandido chegou a tirar o shor e as sandálias da garota e jogou no lixo e somente na madrugada do dia 10 de janeiro, quase três dias após o desaparecimento, ele conseguiu o seu intento. Enrolou o corpo numa piscina de plástico, cavou a cova usando uma faca de mesa e uma colher de pedreiro. Ela foi enterrada de blusa e calcinha.
Ainda na narrativa, durante a entrevista, o delegado disse que Jefferson com o celular de Fernanda e 200 reais que havia recebido da rescisão de contrato foi até o centro da capital, comprou cinco pedras de crack e em seguida encontrou com a jovem prostituta (testemunha) e com ela entraram numa pousada que serve para consumo de droga. Para ter acesso pagou R$ 10.
Após o consumo da droga, ele entregou o celular a mulher e mandou ela trocar por crack. “Ele revelou que consumiu cerca de 20 pedras e somente consumiu dormir 48 horas depois”.
Para desvendar o assassinato o delegado Aldroville Grise revelou que após intenso levantamento, conseguiu localizar o celular e estava em poder da polícia desde o dia 29 de janeiro.
Na coletiva o delegado disse que as investigações vão continuar, pois existe a suspeita de violência sexual contra a estudante. Ele informou que também vai conversar novamente com a esposa de Jefferson para saber a partir de quando ela passou a suspeitar do marido. “Mulher sabe com quem convive” disse o delegado André Rabelo, que participou da coletiva.
Jefferson Luiz Oliveira Soares estava residindo há apenas três anos na rua Grazielle Feitosa Barbosa, Bairro Alto do Mateus, em João Pessoa a apenas 30 metros da casa da estudante.
O criminoso desde a divulgação do desaparecimento de Fernanda Hellen, passou a ajudar os familiares da estudante, inclusive distribuindo panfletos, indo a casa do pai da garota, Fábio Cabral, para consolá-lo.
Viciado em droga, ele é pai de uma menina de 3 anos e padastro de um menino de 8 anos que, ambos eram amigos de Fernanda Hellen.
Ao final da entrevista o delegado Aldroville Grise informou que Jefferson Luiz Soares foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver e latrocínio (matar para roubar), pois ele tomou o telefone celular da estudante e depois praticou o crime.
O corpo de Fernanda Hellen se encontra na Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal – GEMOL, para necropsia e, de acordo com o diretor em exercício do IPC, Israel Aureliano, ainda não previsão da liberação do cadáver para o sepultamento.

WSCOM Online

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