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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cursos oferecidos pelo Sebrae irão melhorar a produção da renda renascença no Cariri



As peças, que há dois anos ganharam novas cores, agora terão tamanhos variados


A renda renascença produzida no Cariri paraibano faz sucesso entre estilistas, famosos e gente que curte moda. As peças, antes fabricadas apenas na cor branca, há dois anos ganharam novas cores. A novidade agora é que elas terão tamanhos variados. As técnicas de modelagem avançada foram repassadas para rendeiras de oito municípios durante um curso promovido pelo Sebrae Paraíbaem Monteiro. Quase 400 mulheres da região sobrevivem dessa arte que teve origem na Itália.

 Além do curso de modelagem, as artesãs participaram de outro de risco, uma das etapas mais importantes no processo de criação. Antes, elas precisavam recorrer às mestres artesãs, as únicas que dominavam essa técnica. “Outro problema era em relação à modelagem. Como elas só produziam peças do mesmo tamanho, perdiam algumas vendas porque nem todo mundo tem o mesmo manequim. Com esses dois cursos, as rendeiras estão preparadas para fazer peças com cortes perfeitos e tamanhos diversos, o que vai melhorar a qualidade dos produtos”, disse João Jardelino da Costa Neto, que coordena o Artesanato do Cariri Paraibano no Sebrae. Os cursos foram ministrados pelas consultoras Fátima Suelene Medeiros e Ana Aragão.

Segundo Jardelino, o segredo do sucesso da renda renascença produzida no Cariri é a junção da tradição com a ousadia. “Há dois anos, quando propomos a criação de peças coloridas, as artesãs resistiram, mas depois perceberam que era importante inovar para atingir novos mercados. A ideia deu tão certo que hoje 95% das peças são coloridas e apenas 5% são brancas, a cor tradicional”, disse.

Cerca de 70% da produção se concentra nos municípios de São João do Tigre e Camalaú. O restante é produzido em Monteiro, Zabelê, São Sebastião do Umbuzeiro, Prata, Congo e Sumé.  A maioria das peças é vendida à estilista alagoana Martha Medeiros. O excedente é comercializado em feiras.  As artesãs da região estão ligadas a associações ou cooperativas e recebem apoio do Sebrae, que presta cursos e consultorias sobre empreendedorismo e gestão.

Ascom

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