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domingo, 28 de abril de 2013

MATERNAGEM & AFETO



Iara da Silva Machado (Psicóloga)

No passado, o relacionamento mãe-filho dentro da família era visto como o mais importante e considerado a primeira relação social e, portanto, a mais influente na formação da personalidade e do comportamento. Por esse motivo, era o objeto de estudos mais frequente. Embora esse relacionamento ainda seja tido como central, torna-se cada vez mais claro que as relações individuais ou em pequenos grupos tornam-se significativas sob o ponto de vista dinâmico apenas quando são parte de um contexto social mais amplo. Essas descobertas fizeram com que os pesquisadores mudassem o foco da atenção do relacionamento mãe-filho na família para o estudo das interações dentro de toda a unidade familiar, como grupo. (Buscaglia, 1997, pág. 79).



Validando essa expressão dos estudos sobre a família, há quase duas décadas, vem se traduzindo um olhar expressivo abrangente na função maternal, de tal maneira, que a expressão maternagem tem traduzido um quanto significativo dos vínculos entre cuidadores e dependentes na contemporaneidade.

Reconhecendo-se que aquela pessoa que sintoniza afetivamente de modo positivo com outra em condições de dependência psicoemocional, como é o caso de crianças em tenra idade, podem auxiliar de modo construtivo a estrutura psicológica e social daquele menor pela função de maternagem. Onde os cuidados físicos, emocionais e sociais se apresentam como alimento afetivo.

Assim, é favorecido um lugar de maior humanização das relações familiares, onde a capacidade de amar se estende para além da mãe biológica para os pais e parentes próximos onde a manifestação amorosa se apresente.

Tal releitura auxilia a qualificar mais saudavelmente aqueles cuja história de vida tenha sinistro de perda precoce de mãe (orfandade) e aqueles cuja figura da mãe esteja ausente em função de delitos cometidos (crianças cuja mãe está em cumprimento de pena judicial) dentre outras inúmeras situações onde outro alguém fará a maternagem a criança ou jovem, em função da impossibilidade materna primária de fazê-lo.

É para essas pessoas que hoje desejo vibrar positivamente: As Mães Sociais da Vida! Aquelas pessoas que se dedicam ao amor ao próximo nas várias frações de vida social organizada, nas Comunidades Religiosas, nas Organizações Não Governamentais (ONGs), nas Instituições Sem Fins Lucrativos, nos Centros Comunitários e nas Instituições Governamentais onde haja a Atenção Psico-Social as Crianças e Jovens cujas mães ou cuidadoras não podem está na convivência diária ostensiva em função de atividades de trabalho remunerado, para sustentação material do núcleo familiar.

Parabéns a essas mulheres que incluem nas suas vidas os filhos de outros ventres e cuidam deles com a boa maternagem, na manifestação de afetos calorosos, amorosos e saudáveis.

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