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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Bom acolhimento pode influenciar no aumento da doação de órgão, diz diretora da Central de Transplantes

Gianna Lys




Aconteceu nesta quarta-feira 13 em Patos a 3ª Jornada sobre Doação de Órgãos e Tecidos, promovida pelo Núcleo de Captação de Patos, que funciona no Hospital Regional Dep. Janduhy Carneiro. O objetivo da jornada foi capacitar os profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos, estudantes de cursos da área, para se tornarem multiplicadores no trabalho de conscientização, na desmistificação da família sobre o ato solidário da doação.

Falta de orientação, conhecimento, tabu, ainda são obstáculos para o aumento satisfatório de transplantes na Paraíba, apesar dos números virem aumentando. Ano passado foram realizados 50 transplantes de rins. Este ano já foram 48 e a meta é superar a quantidade de 2012. Na Paraíba são realizados transplantes de rim, fígado, pâncreas, coração e córnea (tecido).

Para a diretora da Central de Transplantes da Paraíba, Gyanna Lys, que marcou presença no evento em Patos, que teve como conferencista a nefrologista Juliana Borborema, é crucial que a família do paciente tenha uma boa acolhida na rede hospitalar, que os profissionais trabalhem todas as informações necessárias para que ela saiba o que está acontecendo com seu paciente. “Caso a família seja bem assistida irá sentir-se motivada, mesmo o paciente vindo a óbito, a ser doadora. Essa conscientização do acolhimento é muito importante para que tenhamos ter êxito na abordagem, no momento em que a gente vai solicitar da família a doação”, explicou Lys.

Ela comentou que a doação é um processo que necessita do envolvimento de muitos setores, e não apenas da família. Enfatizou que o profissional de saúde que está atendendo o paciente deve cuidar bem deste, mesmo depois da constatação do óbito, já que os órgãos precisam ser doados em condições que contribuam para melhorar a qualidade de vida da pessoa que irá recebê-los.

Lys lembrou que hoje para a pessoa doar não precisa expressar em documentos, apenas demonstrar à família seu desejo de quando morrer seus órgãos serem doados. Sobre a conscientização do ato de doar órgãos, Lys comentou que deve acontecer já na infância, esse ato de solidariedade com o próximo. “A criança precisa crescer já sabendo que a doação existe, que é importante ser doador. Já fazemos esse trabalho com várias escolas primárias e vamos a todos os níveis, inclusive superior, na formação dos profissionais de saúde, da psicologia, serviço social, que são os setores diretamente envolvidos com o contato com a família para a doação”, acrescentou.


Marcos Eugênio

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