Gianna Lys |
Aconteceu nesta
quarta-feira 13 em Patos a 3ª Jornada sobre Doação de Órgãos e Tecidos, promovida
pelo Núcleo de Captação de Patos, que funciona no Hospital Regional Dep.
Janduhy Carneiro. O objetivo da jornada foi capacitar os profissionais de
saúde, enfermeiros, técnicos, estudantes de cursos da área, para se tornarem
multiplicadores no trabalho de conscientização, na desmistificação da família sobre
o ato solidário da doação.
Falta de orientação,
conhecimento, tabu, ainda são obstáculos para o aumento satisfatório de
transplantes na Paraíba, apesar dos números virem aumentando. Ano passado foram
realizados 50 transplantes de rins. Este ano já foram 48 e a meta é superar a
quantidade de 2012. Na Paraíba são realizados transplantes de rim, fígado,
pâncreas, coração e córnea (tecido).
Para a diretora da
Central de Transplantes da Paraíba, Gyanna Lys, que marcou presença no evento
em Patos, que teve como conferencista a nefrologista Juliana Borborema, é
crucial que a família do paciente tenha uma boa acolhida na rede hospitalar,
que os profissionais trabalhem todas as informações necessárias para que ela
saiba o que está acontecendo com seu paciente. “Caso a família seja bem assistida
irá sentir-se motivada, mesmo o paciente vindo a óbito, a ser doadora. Essa
conscientização do acolhimento é muito importante para que tenhamos ter êxito
na abordagem, no momento em que a gente vai solicitar da família a doação”,
explicou Lys.
Ela comentou que a
doação é um processo que necessita do envolvimento de muitos setores, e não
apenas da família. Enfatizou que o profissional de saúde que está atendendo o
paciente deve cuidar bem deste, mesmo depois da constatação do óbito, já que os
órgãos precisam ser doados em condições que contribuam para melhorar a qualidade
de vida da pessoa que irá recebê-los.
Lys lembrou que hoje para
a pessoa doar não precisa expressar em documentos, apenas demonstrar à família
seu desejo de quando morrer seus órgãos serem doados. Sobre a conscientização
do ato de doar órgãos, Lys comentou que deve acontecer já na infância, esse ato
de solidariedade com o próximo. “A criança precisa crescer já sabendo que a
doação existe, que é importante ser doador. Já fazemos esse trabalho com várias
escolas primárias e vamos a todos os níveis, inclusive superior, na formação
dos profissionais de saúde, da psicologia, serviço social, que são os setores
diretamente envolvidos com o contato com a família para a doação”, acrescentou.
Marcos Eugênio
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