Teve início
nesta quarta-feira 19 no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde, em
Patos-PB, uma capacitação oferecida pela Secretaria de Estado da Saúde a
enfermeiros e médicos, para que estes possam conduzir, de acordo com os
protocolos, as pessoas feridas por animais supostamente transmissores da raiva.
É um assunto em que os profissionais de saúde ainda têm dúvidas, segundo
Francisco de Assis Azevedo, veterinário, do Núcleo de Controle de Zoonoses da
SES.
Ele explica que
a Paraíba vive um bom momento, com cerca de 15 anos sem registro de raiva
humana, o último ocorreu em junho de 1999. Mas, devido a falta de conhecimentos
nos procedimentos hospitalares no cuidar dos pacientes mordidos por mamíferos,
não apenas cães e gatos podem transmitir essa encefalopatia, a SES decidiu
realizar treinamento em todas as macrorregiões, a 3ª, que abrange as áreas de
Patos, Piancó e Princesa Isabel é a última, com encerramento hoje, quinta-feira.
Para este
segundo dia o encontro conta com a presença do médico Emerson Iury, coordenador
do Ceatox – Centro de Assistência Toxicológica do Hospital Universitário de
João Pessoa, que trabalha o tema “Diagnóstico e tratamento de acidentes por
animais peçonhentos”. Esse encontro vem também reforçar nos profissionais de
saúde a importância e necessidade de campanhas anti-rábicas bem executadas.
Programação
Ontem foram
intensificadas as discussões em torno dos esquemas de vacinação: pós-exposição,
pré-exposição e re-exposição, cada qual com critérios de ação diferentes. Hoje
Dr. Emerson, tratando de animais peçonhentos e não peçonhentos, apresenta
diagnóstico, manejo clínico, profilaxia, sintomatologia, com as reações
orgânicas a partir dos acidentes com os animais. Para Assis Azevedo, as
campanhas são essenciais e precisam acontecer de forma abrangente e com
eficácia para que os resultados positivos continuem em nosso Estado.
A Paraíba vem
conseguindo atingir nas campanhas os índices recomendados de cobertura mínima
de 80% dos animais caninos, como preconiza o Ministério da Saúde. Ano passado a
média atingida foi 86%. Mas parte da população ainda rejeita vacinar seus animais
domésticos, por dó de vê-los sendo furado por uma agulha e outros por falta mesmo
de conhecimento. Francisco de Assis enalteceu o trabalho dos agentes
comunitários de saúde, de endemias, vigilantes ambientais e dos voluntários que
ajudam no trabalho de vacinação, de esclarecimento à população.
Um folder sobre
raiva, produzido pelo veterinário Assis Azevedo está sendo saindo da gráfica,
explicando todos os detalhes da raiva humana, como ela é tratada. O material
informativo terá como público alvo as escolas. A intenção é multiplicar
conhecimentos, com os estudantes discutindo em família, com vizinhos as informações
a eles repassadas.
Mordida por
animais mamíferos:
Marcos Eugênio
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