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terça-feira, 4 de março de 2014

Paschoal: Fim de uma luta


Cada um tem sua história, faz sua própria história. Os fatos acontecem naturalmente, outros são moldados diariamente e assim caminhamos seguindo o que chamamos de destino. Conheci Cláudio Paschoal quando trabalhava nos Diários Associados. Ele havia passado pelo Diário da Borborema, jornal do mesmo grupo de O Norte, no qual fui correspondente por quase doze anos. Foram quase duas décadas de amizade, muitos bate-papo nos quais falávamos de tudo um pouco, especialmente sobre as dificuldades do exercício da profissão de comunicadores, a não valorização de uma profissão tão importante para a sociedade. Foi um dos companheiros fundadores da atual AISP, da qual também foi presidente.

Era um cara fácil, não gostava de guardar mágoas de ninguém. Batalhador incansável. Teve que buscar a sua sobrevivência e de sua família, mesmo distante dessa, que morava em Campina Grande, em outro lugar. Patos foi seu segundo berço. Na radiofonia ganhou a simpatia e respeito de muita gente. Buscava a informação. Sua maior batalha foi contra o câncer. Acompanhei um pouco dessa história. A primeira percepção que tive sobre a gravidade de seu problema, foi quando ele me falou de um tumor na parte posterior de um rim. As crises o maltratavam muito. Daquele momento em diante Deus passou a ser o centro de nossas conversas.

Sempre falava com esperança, mesmo diante a triste realidade, a quimioterapia. Minhas conversas passaram a acontecer por telefone, já que ele passou a receber tratamento em Campina. Queixava-se dos efeitos da química que recebia, mesmo assim continuava a esperançoso, de reviravolta, que poderia vencer a guerra contra o câncer.


Mas todos nós, nessa nossa rápida passagem por este mundo, deixamos um legado para a posteridade. Que o de Cláudio sirva de exemplo para aqueles que compartilharam um pouco de sua vida. Fé, esperança, simplicidade, hombridade, respeito e tolerância ao próximo são algumas qualidades desse amigo se vai, muito cedo por sinal, mas a vida é um mistério. Espero que possamos um dia, quem sabe, nos encontrar noutra dimensão. Meus sentimentos aos seus familiares e acredito que ele tenha se esforçado ao máximo para ser um bom esposo, pai e avô. 

Marcos Eugênio

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