Compromisso com a verdade dos fatos

Bem-vindo ao blog Garimpando Palavras

sábado, 26 de abril de 2014

Eclampsia é discutida em Simpósio Paraibano de Saúde da Mulher em Patos






Marcos Eugênio

A doença hipertensiva da gravidez, que mais mata hoje no Brasil, sendo a terceira causa de morte materna-fetal no mundo foi tema de palestra neste sábado no segundo e último dia do I Simpósio Paraibano de Saúde da Mulher, ocorrido no auditório do Sebrae, no Rodoshopping Edivaldo Mota, em Patos-Pb.

A médica ginecologista, Iak Sodara, foi responsável por trazer ao debate assunto de suma importância para os profissionais e estudantes da área da saúde participantes. Em sua palestra explicou que a doença pré-eclampsia é diagnosticada no pré-natal, por isso o acompanhamento da gestante deve ser realizado com muito zelo. “É importante que a doença seja diagnosticada logo no início da gravidez para que sejam evitados problemas futuros tanto para a mãe quanto para o bebê”, enfatizou.

A Maternidade Peregrino Filho é a principal porta de entrada de parturientes que apresentam a doença hipertensiva de gravidez. Segundo Iak, nesses casos, muitas pacientes chegam com evolução de Explicou eclampsia. que isso ocorre devido um pré-natal mal feito.

Sobre a atenção recebida pelas mulheres durante a gestação nas unidades básicas de saúde na regional Patos, a avaliação não é nada satisfatória. Falta humanização, olhar clínico dos profissionais, como bem frisou a enfermeira e presidente da Câmara Municipal de Patos, Nadi Gerlane, reforçando a fala de Iak Sodara, que cobrou mais eficácia da atenção primária da saúde.

O presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Paraíba, Roberto Magliano de Morais, lembrou da importância dos exames, do preenchimento correto de todas as informações no cartão de pré-natal.

Iak também apresentou um trabalho científico, uma pesquisa sobre um acompanhamento clínico que ela fez a uma paciente de alto risco, a qual apresentava fortes dores abdominais, foi feita ultrassonografia e descoberto um mioma gigante, que tinha o tamanho do volume uterino dela compatível com uma gravidez de nove meses.

A paciente, que além das fortes dores não conseguia urinar, foi internada e passou a receber medicação durante uma semana, sem que ocorresse regressão das dores. Na época a senhora estava grávida de três meses, e mesmo com o risco de levar a histerectomia (retirada do útero), a equipe médica realizou uma miomectomia (retirada do mioma). A cirurgia foi um sucesso e a paciente hoje está com seis meses de gravidez e bem acompanhada no pré-natal, e o bebê desenvolve normalmente.

Esse foi um caso raro em toda a região, não pelo aparecimento de miomas na gravidez, mas pelo tamanho deste que foi alvo de pesquisa conduzida por Drª Iak, o qual pesou quase três quilos, o correspondente a um feto de nove meses.



                                                                                     

Nenhum comentário:

Arquivo do blog