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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Operários da construção civil param terça 22 e preveem greve por tempo indeterminado




Após várias assembléias para discutir as propostas do dissídio coletivo, os operários da construção civil de Patos ainda não conseguiram um acerto de valores com o patronato e vão cruzar os braços na próxima terça-feira 22, em protesto pelo não avanço nas negociações. A mobilização é um aviso da possível greve por tempo indeterminado, já a partir do dia 11 do próximo mês.

As mesas redondas ainda não avançaram o suficiente e os operários aguardam uma proposta decente por parte do patronato. O Sintrincin – Sindicato dos Trabalhadores Intermunicipal das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Patos e Região está mobilizando a categoria, passando todas as informações do processo em curso. O índice de reajuste solicitado no início das negociações foi de 15%. Os patrões ofereceram apenas 3%.

Raimundo Nonato
Em outra mesa redonda o Sindicato, em assembléia, baixou para 13% e mais recentemente para 9,5%. O máximo que o patronato ofereceu foram 6% de reajuste. Se até a próxima terça-feira 22 não for oferecida uma proposta entre 9 a 9,5% a greve será inevitável. Esse indicativo de greve foi acatado pela categoria no dia 8 do mês passado. Os de João Pessoa já pararam e de Campina Grande também estão prestes a radicalizar o movimento, também parando.

“Os trabalhadores não querem parar suas atividades, mas uma proposta menor que 9% não aceitaremos”, comentou Raimundo Nonato, presidente do Sindicato. Em Patos são cerca de 900 operários com registro em carteira. Mas há praticamente o mesmo número de operários que não desfrutam dos direitos trabalhistas. Ele cita a recente greve ocorrida na Bahia, que durou quatro dias, em que os operários obtiveram 9% de aumento e da cesta básica, que passou a valer R$ 270,00. Em Patos a cesta básica oferecida é de apenas R$ 38,00.

Falta fiscalização do MT

Nonato acusa a falta da fiscalização do Ministério do Trabalho nos canteiros de obras para obrigar os patrões a registrar seus funcionários. “É uma instituição que deveria estar do lado do trabalhador e isso não vem ocorrendo em Patos e região”, criticou Raimundo.

Marcos Eugênio


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