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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Indicadores de saúde são discutidos com gestores da 3ª Macrorregional









Gestores de saúde de municípios da 3ª Macrorregião, que compreende as áreas de Patos, Piancó e Princesa Isabel estão reunidos nesta segunda-feira 21 no auditório da 6ª Gerência de Educação, em Patos, para discutir a pactuação de diretrizes, objetivos, metas e indicadores de saúde 2014.

O Ministério da Saúde liberou recentemente a relação contendo 66 indicadores a ser pactuados pelos municípios e estados. Esses encontros realizados pela SES - Secretaria de Estado da Saúde, já ocorridos na 1ª e 2ª macros, acontece hoje em Patos e amanhã (terça-feira) em Sousa.

Para a gerente de planejamento e gestão da SES, Tammy Lacerda, é importante que essas discussões ocorram com as macros e também em nível de CIR – Comissão Intergestores Regional, para que os gestores possam discutir em conjunto, fazer análise da situação de saúde de sua população. “É importante que os gestores, independente das mudanças lançadas pelo Ministério da Saúde, se capacitem mais na análise desses indicadores para que possam fazer uma pactuação mais próxima da realidade de seu município, sem obviamente se descuidar de quanto ele pode avançar em cada indicador estipulado”, opinou Tammy Lacerda.

A exemplo do que acontece com a maioria dos municípios brasileiros, os da Paraíba apresentam uma baixa produção do limite financeiro global que o Ministério da Saúde repassa ao Fundo Municipal de Saúde. Tammy explica que não se trata do município deixar de executar. Diz que muitas vezes eles tiram do próprio recurso do tesouro municipal, porém há certa dificuldade de fazer o registro de sua produção. “O pecado maior está mais no registro da produção do que no produzir. Muitos tiram do tesouro municipal para manter as ações de saúde do município”, enfatizou a gerente de planejamento.

Morte materna

Sobre o pior índice registrado na Paraíba, Tammy explica que a mortalidade materna tem recebido a maior preocupação do Estado por estar crescendo bastante. A morte materna compreende do período gestacional ao 42º dia do pós-parto, quando a mulher tem risco de adoecer e morrer. Essa questão está sendo amplamente discutida nesse encontro de hoje em Patos com os gestores de saúde.

Tammy comenta que o crescimento dos índices de mortalidade materna na Paraíba tem relação direta com o aumento considerável de cirurgias cesarianas, algo explícito nos indicadores de cirurgias cesáreas, como também pela peregrinação que muitas mulheres fazem para ter seus filhos. “Acontece muito das mulheres chegarem aos hospitais para ter seus filhos e os médicos falam que ainda não está na hora do parto, mas que ao voltarem para casa acabam entrando em trabalho de parto. É uma questão de saúde pública muito séria e que os gestores têm que tomar uma providência em relação a isso. Nossa proposta, na SES, é que isso se discuta em nível de Comissão Intergestora Regional”, disse Tammy.

A gerente de planejamento da SES diz que a atenção primária é ordenadora de todo o serviço e quando não há médico suficiente nos municípios, torna-se fator negativo. Falou que há dificuldade de muitos municípios manterem um quadro de médicos ideal, por isso existe hoje o Provab - Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, o Mais Médico para que a atenção básica seja de excelência para a população, mas que esse problema é histórico e o país inteiro sofre pela falta de permanência desse profissional na região. “O gestor tem que se esforçar muito para manter o médico em seu município. Muitas vezes o médico era para passar a semana inteira, mas passa somente um dia ou meio período no município para atender uma população enorme. Isso pesa para o gestor”, enfatizou.

Durante o encontro em Patos cada um dos 66 indicadores está sendo trabalhado com os gestores municipais pelos técnicos da atenção à saúde, da regulação e da Vigilância em saúde da SES. As informações esmiuçadas sobre esses indicadores vão ajudar os gestores a ter melhor interpretação dos dados e possam assim pensar suas metas da melhor maneira possível e de acordo com suas necessidades locais.



Marcos Eugênio (DRT 1178)

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