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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Secretaria de Saúde do Estado cria comissão de vigilância contra vírus ebola


Imagem: BBC
Os hospitais universitários da UFPB, em João Pessoa, e da UFCG, em Campina Grande, além do Hospital Clementino Fraga, também na Capital, serão os serviços de saúde referência na Paraíba em casos de contaminação pelo ebola, vírus que causa febre hemorrágica e hoje está presente em Serra Leoa, Guiné e Libéria, países da África Ocidental.

Embora considere de baixo risco a disseminação para outros continentes, o Ministério da Saúde brasileiro orientou aos Estados criarem ações de vigilância e prepararem serviços de saúde de referência.

Na quinta-feira (7), uma reunião na Secretaria de Estado da Saúde (SES) definiu o grupo técnico que se responsabilizará pelas ações de combate ao vírus. Esse grupo será integrado, além dos HU e do Clementino Fraga, pelas gerências de Vigilância em Saúde do Estado e do Município de João Pessoa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Porto de Cabedelo e do Aeroporto Castro Pinto e Agência de Vigilância Sanitária Estadual (Agevisa).

Pessoas que chegarem dos países africanos apresentando algum sintoma da doença deverão ser encaminhadas a esses hospitais. “No momento, as ações de vigilância estão acontecendo no monitoramento da entrada e saída pelos portos e aeroportos de pessoas que viajaram ou chegaram dos países com transmissão da doença. Como nestes locais já existem equipes da Anvisa de plantão, são elas que farão o repasse das informações, se houver necessidade, serão encaminhadas para os hospitais de referência”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, da SES, Renata Nóbrega.

Ela lembra as recomendações do Ministério da Saúde para quem vai viajar aos países do Congo, Libéria e Guiné: não ter contato com animais contaminados e pessoas doentes, uma vez que a transmissão da doença ocorre através de contato direto com fezes, urina, saliva, sêmen de animais e pessoas infectados.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, publicados no Portal da Saúde(http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/14163-ebola-informe-tecnico), neste ano já foram confirmados 1.009 casos e 574 óbitos na África.

Tanto a população, quanto os profissionais de saúde poderão buscar informações pelo telefone do Centro de Informações Estratégica de Vigilância em Saúde: 8828-2522.

Ebola –O vírus Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos.

Existem cinco espécies de vírus ebola (Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyoebolavirus, Restonebolavirus e Tai Forest ebolavirus), sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos diagnosticados.

O período de incubação é de 1 a 21 dias e será considerado caso suspeito de infecção por ebola o indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão de Ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa), que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia (hemorragia na gengiva), enterorragia (hemorragia intestinal com eliminação de sangue pelo ânus), hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria (sangue na urina).

Também serão considerados casos suspeitos em viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países que apresentem história de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas previamente doentes ou contato com animais doentes ou mortos. Nesses casos a suspeita deve ser reforçada.

Secom

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