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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Operação da PF investiga pedofilia em 18 estados e DF

 
Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação) A Polícia Federal prendeu mais duas pessoas nesta quinta-feira (16) na Operação DarkNet, deflagrada na quarta em 18 estados e no Distrito Federal para combater a pedofilia e a produção e divulgação de conteúdo de pornografia infantil. Segundo os policiais, um dos detidos é do Rio Grande do Sul e outro de Pernambuco. No total, são 53 presos no Brasil.

A ação ocorreu por meio da superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, que  coordenou simultaneamente por 44 unidades da PF e envolveu 500 agentes. O objetivo com as buscas é confirmar a identidade dos suspeitos e buscar elementos que comprovem os crimes de armazenamento e divulgação de imagens, além de abuso sexual de crianças e adolescentes.

Entre os presos, estão um seminarista, servidores públicos, empresários, militares e professores, entre outros. Quatro pessoas já haviam sido presas durante as investigações neste ano.

"Qualquer pessoa, homem ou mulher inclusive, pode ser um praticante desse crime encontramos os mais variados perfis, diferentes classes e profissões", declarou a delegada Diana Calazans. "Não há produção de pornografia infantil sem abuso. Essas imagens, por mais que se pareça algo banal, são subprodutos de um abuso, Nessas redes mais sofisticadas, quanto mais fundo a gente vai, mais encontramos pessoas que abusam de crianças do seu círculo familiar, abusam e compartilham essas imagens com seus contatos", completou.

Além do Rio Grande do Sul, a Operação DarkNet ocorre nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

A investigação ocorreu através do rastreamento de pornografia infantil na chamada deep web, espaço da internet que não é acessado pelo usuário convencional e cujo conteúdo não aparece em sites de busca. Para chegar até ela, é necessário ter um programa que torna a navegação anônima, o que impede a identificação de quem manda e recebe dados da internet.

Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação) "Pela primeira vez, conseguimos investigar a internet profunda, e isso revela um amadurecimento do nosso trabalho, com um resultado muito positivo. É uma conquista para a sociedade a possibilidade de investigar essas pessoas que adquirem conhecimento para se ocultar da polícia", explicou Diana.

Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil. Segundo a PF, apenas as polícias norte-americana e inglesa, FBI e Scotland Yard, haviam realizado este tipo de trabalho.

Conforme a Polícia Federal, no decorrer da investigação, pelo menos seis crianças foram resgatadas de situações de abuso ou do iminente estupro, em Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Em um dos casos, em Uberlândia (MG), o marido de uma mulher grávida de sete meses relatava que iria abusar da filha depois que ela nascesse.

"Estava claro que ele ia fazer isso. Quando nós chegamos, a esposa não acreditou, disse que havia um engano. Mas ele nos agradeceu por estarmos prendendo ele, porque ele ia fazer. Ele admitiu à esposa, inclusive, que iria abusar", disse o delegado Rafael França.

Nesses episódios, policiais federais agiram e evitaram que as crianças permanecessem ou se tornasse vítimas, prendendo outros três investigados.

A Operação DarkNet é resultado de um ano de investigações. Mais de 14 endereços IP (sigla para "Internet Protocol", espécie de endereço virtual) foram analisados.

Como denunciar
A Operação DarkNet contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul. A procuradora da República Jaqueline Ana Buffon, que atuou no caso, orienta pais a tomarem cuidado com possíveis investidas de pedófilos na internet contra seus filhos e observarem os comportamentos das crianças. Denúncias podem ser feitas por meio do site do órgão ou pelo Disque 100.


G1

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