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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Médicos e supervisores do Mais Médicos são avaliados em Patos




Paulo Monteiro
Aconteceu nesta quarta-feira 29 no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde, um trabalho pedagógico de supervisão pelo Ministério da Saúde do programa Mais Médicos. Participam médicos e supervisores que atuam nesse programa na macrorregional Patos, que abrange 6ª, 7ª (Piancó) e 11ª (Princesa Isabel) regiões.

Essa qualificação acontece a cada três meses, segundo o tutor do programa no Estado, Paulo Monteiro. O Mais Médicos na Paraíba, Estado que recebeu cerca de 300 profissionais de saúde, é avaliado positivamente pelo tutor. Diz que há excelentes médicos, porém, outros ruins. Mas que no geral houve importantes avanços. “Cada médico desses atende em média 20 pacientes dia. É só fazer as contar e ver o quanto melhorou na saúde”, comentou Paulo Monteiro.

Ele acusa falhas na atenção básica, como a rede que não funciona adequadamente, parte de laboratórios. Diz que não há possibilidade de melhorar tudo ao mesmo tempo. A previsão do governo federal é substituir os médicos estrangeiros, cujo contrato vigora por três anos, por médicos brasileiros residentes em saúde da família.

São mais de 12 mil médicos atuando no Brasil, na Paraíba ultrapassa os 120 municípios assistidos, pelo programa Mais Médicos. Maioria são estrangeiros, vindos para dar maior suporte à saúde, trabalharem nos locais mais carentes desse profissional.

Paulo Monteiro explica que havia receio em relação à vinda dos médicos estrangeiros devido às questões linguísticas, mas a população aceitou bem e os médicos se adaptaram rapidamente.

O gerente da 6ª regional de saúde, José Leudo de Farias, enalteceu o programa, que leva médicos para localidades em que outros profissionais não querem ir, e que vem conseguindo mudar a realidade, o perfil epidemiológico dos municípios, a atenção é mais centrada, vai mais ao paciente, no fazer prevenção. “Se a gente tiver prevenção não teremos hospitais cheios, não vamos ter mortes com mais frequência por doenças banais”, comentou Leudo.

Os médicos inseridos no programa são acompanhados com proximidade pela supervisão do Ministério da Saúde, que existe nas regiões do Estado, onde o profissional dá sua carga horária, se reúne com a equipe e são avaliados, a exemplo desse momento que acontece nesta quarta-feira em Patos. Os municípios da região de Patos demonstram interesse de receber mais médicos para suas localidades.

Água contaminada

José Leudo, indagado sobre se os indicadores de saúde estão sendo bem trabalhados pela atenção básica, explicou que há problemas crônicos que acabam fugindo aos olhos da vigilância em saúde. Exemplificou o caso da dengue, com números bastante elevados na região e o de águas, quase todas consumidas com alto teor de coliformes fecais. “São águas de barreiros, cacimbas, que chegam em carros-pipas, que não são tratadas. Nosso maior problema hoje são as doenças transmitidas através da água”, disse Leudo

Porém citou alguns avanços em outros índices, como a questão da cobertura vacinal, visitas domiciliares, uma cobrança sempre feita à atenção básica. Para o gerente regional de saúde essas visitas domiciliares são mais importantes que a ida ao consultório médico, isso por que, se a visita acontecer pela equipe do PSF os consultórios vão esvaziar. O médico ir ao encontro da comunidade e não o contrário, tem sido a proposta da gerência.


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