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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Macrorregião avalia conferências municipais de saúde

José Leudo, gerente regional Patos









Gestores de saúde, delegados, que representarão 48 municípios da 3ª Macrorregional (Patos, Piancó e Princesa Isabel) participaram nesta terça-feira 18 do Encontro Preparatório para a 8ª Conferência Estadual de Saúde, no auditório do Rodoshopping. O evento teve como palestrante Marcelo Melo, vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde e coordenador nacional de plenárias do CONAS – Conselho nacional de Saúde.

O objetivo do encontro foi avaliar os resultados das conferências municipais e preparar os delegados para as conferências estadual e nacional. Esses delegados terão grande importância na defesa das propostas elencadas nas assembleias de seus municípios, na etapa que abrangerá 223 municípios.

Saúde pública de qualidade, que seja abrangente e atenda bem a população. Essa proposta, apesar de ser ventilada em todas as edições das conferências, momento oportuno para a população cobrar, sugerir, foi novamente o maior grito registrado nas assembleias, segundo Marcelo Melo. “A população sente na pele a deficiência de chegar à repartição de saúde e não conseguir atendimento que anseia”, acrescenta.

A falta de financiamento, gestão pública, qualidade do serviço, dentre muitos outros são tratados nesse encontro de Patos nesta terça, além da conscientização dos delegados que participarão da Conferência Estadual de 15 a 17 de setembro, próximo mês, em João Pessoa, onde será construída uma agenda propositiva para a Paraíba e para o Brasil.

As conferências municipais de saúde na Paraíba foram marcadas pelo baixo índice de participação popular, segundo análise feita por Marcelo, nesse importante processo de construção de um SUS de qualidade. Aponta como um dos fatores mais evidentes para isso o descrédito da população nos serviços, nos que gerenciam o sistema e na política como um todo, o que desestimulou a efetiva participação do povo.

“Nós temos como controle social que somos, fazer o papel inverso, retomar a creditação por parte da população que este (conferência) é o verdadeiro espaço de discussão, de construção e de cobrança de uma política de saúde, de equidade, qualidade e quantidade suficiente para todos”, explica.

O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias de Patos e Região, João Bosco Valadares, diz que o SUS nunca foi tão ameaçado quanto hoje e que torna-se necessário a intensificação desses encontros, como este de Patos. Defendeu as conferências como importante instrumento para a defesa do SUS.

Considerou uma grande retrocesso a proposta, encaminhada pelo senador Renan Calheiros e derrubada pelo Congresso, que sugeria o pagamento dos serviços do SUS, o que poderia provocar, além de exclusão, a criação de categorias de usuários.

Paulo Sérgio, do Apoio matricial da 6ª GRS – Gerência Regional de Saúde, defendeu a mobilização social, dos profissionais de saúde, gestores da 3ª Macrorregião, presença maciça dos municípios nas conferências estadual e nacional, a fim de cobrar os direitos legais na partilha de recursos do SUS. Pediu que os gestores fortalecessem a atenção básica, o trabalho dos agentes de saúde, endemias, enfermeiros, atores que estão na frente dos serviços e com poder de mobilização, de conscientização do povo.

A diretora do Hospital Regional de Patos, Hígia Lucena, aproveitou a presença de gestores, representantes municipais para exibir relatório de atendimentos referentes ao primeiro semestre de 2015, com mais de 45 mil procedimentos. Luciano Dias, do GIAASP, Grupo Independe de Análise e Ação Social e Política de Patos falou dos direitos dos usuários no acesso ao SUS, garantidos constitucionalmente e do papel que os conferencistas devem exercer quando da participação nas conferências, para tornar o Sistema Único de Saúde cada vez mais sólido, apesar das ameaças que vem ocorrendo para fragiliza-lo.



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