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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Reunião descentralizada: Estado e 3ª Macrorregião de saúde discutem pactuação de serviços

Atenção Básica discutindo rede de atenção à mulher

Fátima Morais

Fechando pactuação de serviços.





José Leudo e Maura Sobreira



A cidade de Patos recebe, desde ontem, quinta-feira 3, a Gerência Executiva de Regulação e Avaliação da Assistência (GERAV-SES), que está reunida com gestores hospitalares, gerentes regionais e técnicos em SUS da 3ª Macrorregião (Patos, Piancó e Princesa Isabel). O objetivo é discutir a rede de cuidados com foco na organização da urgência e emergência, para que se tenha clareza das referências nas áreas de ortotraumatologia; na atenção ao paciente que chega ao hospital com infarto agudo do miocárdio; com AVE (Acidente Vascular Encefálico) e na rede de obstetrícia, no cuidado às mulheres, desde o pré-natal à gestão de alto risco, que tem como principal referência a Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos.

A secretária executiva de saúde da Paraíba, Maura Sobreira, explica que trata-se de um momento extremamente importante para o Estado, de unir esses tipos diferentes de gestores para estabelecer pactuações, definindo diretrizes para que de fato o usuário tenha um caminhar mais seguro na rede. Elogiou a 6ª Gerência de Saúde por ter um trabalho importante na articulação para que a rede seja cada vez mais qualificada.

Maura fez uma análise sobre a rede de obstetrícia da 3ª Macro, considerando desnecessários muitos encaminhamentos para a Maternidade de Patos que poderiam ser realizados nas maternidades de origem. “Temos trabalhado para que cada região de saúde possa potencializar sua oferta e aqui em Patos seja referência de fato em alta complexidade, pois assim poderemos organizar melhor os serviços, qualificar melhor a Maternidade e investir os recursos devidamente”, enfatizou.

Durante o encontro ela apresentou estudo que demonstra, com exatidão, a quantidade de encaminhamentos desnecessários, quanto custa para o serviço, estudo que mostra também o grande número de usuários vindos de outros estados para nossa região. “A busca pelos serviços da Peregrino Filho por usuários de outros estados, como Pernambuco e Rio Grande do Norte é reflexo da melhoria, da qualidade da existência da Maternidade de Patos. Nossa intenção é organizar melhor essa rede para que cada serviço realmente possa executar utilizando o recurso destinado, e caso não seja utilizado, o recurso seja remanejado para quem realmente executa. Esse dinheiro não pode ficar locado num município errado pra que o usuário possa ser atendido”, comentou Maura

Na rede de ortotraumatologia, tocante à urgência e emergência, a secretária executiva também identificou uma sobrecarga no Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro, diante o grande número de encaminhamentos desnecessários de algumas situações, principalmente onde o tratamento é conservador, não é cirúrgico, ortopedia clínico, que poderia ser feito nos outros hospitais da região.

Nesta sexta-feira os gestores hospitalares estão discutindo com a equipe da Gerência Operacional do Estado protocolos, estabelecendo as referências, para que se possa potencializar em Patos o perfil do ortotrauma, numa complexidade mais elevada, e por outro lado os serviços mais conservadores, como estabilização, imobilização sem necessidade de vir para Patos.

Ontem (quinta-feira 3) o encontro da Gerência Operacional no auditório da 6ª GRS foi com o pessoal da atenção básica, com o PSF sendo a porta de entrada do SUS e início da organização da assistência materno infantil, desde o planejamento familiar pela mulher, pré-natal até à maternidade.

O debate foi bastante participativo, com os municípios trazendo para o encontro inúmeras dúvidas esclarecidas pelos técnicos da Secretaria Estadual. Fátima Morais, coordenadora estadual da Saúde da Mulher, comentou que a assistência materno-infantil na Macro patos está bastante fragilizada, sendo preciso potencializar mais a Maternidade Peregrino Filho, para que as munícipes da região possam ter seus bebês sem precisar se deslocar para outros centros como Campina Grande ou João Pessoa.

Rede Cegonha, apresentação de projetos já aprovados pelo Ministério da Saúde, a exemplo do Centro de Parto Normal, Casa da Gestante Bebê Puérpera, ampliação da UTI materna da Peregrino Filho, ampliação da UTI neonatal, ampliação dos leitos obstétricos. “Também já temos aprovada a ampliação da maternidade de Santa Luzia. Foi um encontro muito proveitoso, um espaço de discussão bastante interessante”, disse Fátima.

O gerente da 6ª Regional de Saúde, José Leudo Farias, agradeceu a presença dos municípios, dos gestores hospitalares e equipe de governo para que juntos pudessem discutir temas tão importantes que venham favorecer a melhoria da assistência ao usuário do SUS. 

Marcos Eugênio

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