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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Reconhecimento de gestores é destaque em merecida homenagem

Escola de Santa Luzia, na Paraíba, comemora conquista de prêmio nacional

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Arlindo Bento de Moraes, do município de Santa Luzia-PB, ainda está em festa com o merecido 7º Prêmio Educar para a Igualdade Racial e Gênero, reconhecido pelo MEC e criado pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).

Vencedora na categoria Quilombola, a escola foi premiada com R$ 10 mil, um notebook, coleção de livros sobre diversidade e igualdade étnico-racial, formação continuada referente à temática, 12 meses de acompanhamento pela equipe do CEERT e participação no grande evento de premiação em São Paulo, ocorrido no dia 15 de outubro e representado por Francisco José Alves Junior, diretor da EEEF Arlindo Bento de Moraes.

Júnior afirma que o prêmio veio coroar um trabalho que vem sendo desenvolvido pela escola desde 2011 e que, apesar das dificuldades, é bastante gratificante. Para ele, a comunidade se identificou com a proposta da escola quilombola e com a Metodologia Liga Pela Paz, desenvolvida pela Inteligência Relacional e implantada pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Educação. “Tudo isso contribuiu sobremaneira para o êxito desse importante prêmio para a Paraíba e para a melhoria do desempenho escolar”, concluiu o gestor.

Destaque entre as 643 escolas inscritas e ganhador entre 14 finalistas de vários estados brasileiros, com conceitos fundamentais de Cultura de Paz e Não Violência, o projeto “Sou Negro, sim!” apresentou diversas atividades realizadas na escola e na comunidade. Palestras, visitas de campo junto às comunidades quilombolas (Talhado), construção de grupos de música, dança e teatro, mostras culturais, caminhadas reflexivas e aulas de Educação Emocional e Cultura de Paz fazem parte deste projeto vencedor.

Educadores da Arlindo registram passagem do Prof. João pela Escola.


Certificado do prêmio.

Prof. João conhece parte da didática usada pela Escola.



O fundador e orientador estratégico da Inteligência Relacional, Professor João Roberto de Araújo, esteve na Arlindo Bento para abraçar educadores, gestores e alunos por esse reconhecimento nacional. Aproveitou para conhecer algumas iniciativas pedagógicas que facilitam o aprendizado dos alunos. “Foi uma importante conquista da escola. Parabenizo o entusiasmo desses educadores que estão cada vez mais comprometidos com a educação, com a promoção da paz, envolvendo a comunidade para que esta possa viver em harmonia, com respeito e diálogo, priorizando a tolerância”, comentou Araújo.  

Durante a palestra em homenagem aos educadores, ministrada pelo professor em Patos, no dia 21 de outubro, a Escola Estadual Arlindo Bento de Moraes recebeu uma homenagem da Inteligência Relacional. O destaque foi para a dedicação, o esforço e o trabalho de toda a gestão, que foi enaltecida e reconhecida. O gestor José Alves Júnior recebeu, em nome da escola, lembranças como forma de agradecimento pelo olhar acolhedor ofertado à comunidade em benefício do respeito à diversidade.

Quilombola do Talhado e o Cinema Novo

Quilombola do Talhado, centro de grande parte das atividades do projeto “Sou Negro, Sim!”, tem um grande significado para o Cinema Novo. A Serra do Talhado ganhou fama em 1960 com o curta-metragem Aruanda, do cineasta Linduarte Noronha, película considerada precursora do Cinema Novo no Brasil. A pobreza, a luta pela sobrevivência, o trabalho das louceiras, cuja produção tinha como mercado a cidade de Santa Luzia, aparecem como destaque.


Além de Aruanda, documentário chamado de “Estética da fome”, pelo cineasta baiano Glauber Rocha, outros dois versaram sobre a quilombola, “Talhado – Uma Relação com o Presente” (lançado em fevereiro de 2008) e “Talhado” (lançado em Santa Luzia, no dia 29 de maio de 2009).


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