Patrícia Assunção |
Aconteceu nesta quarta-feira em
Patos, no auditório da 6ª Gerência de Saúde, uma reunião técnica envolvendo os
hospitais da 3ª e 4ª macrorregiões de saúde, Maternidade Peregrino Filho, com
objetivos de discutir a implantação do protocolo estadual de atenção e cuidado
aos casos de microcefalia; investigação dos casos e traçar um perfil
epidemiológico nas notificações da doença no Estado, segundo informou Patrícia
Assunção, gerente executiva de atenção à saúde da SES – Secretária de Estado da
Saúde.
De acordo com o último boletim
divulgado pelo Estado sobre microcefalia, existem 425 notificações de casos
suspeitos na Paraíba, distribuídos por 72 municípios. Cerca de 70% dos casos
foram notificados na região metropolitana de João Pessoa. Do total de casos, 21
foram confirmados, 30 descartados e o restante, 374 estão sob investigação.
Cinco casos suspeitos evoluíram para óbito, sendo quatro infantis e um fetal.
Houve a confirmação que dois desses óbitos tinham relação com o Zika Vírus.
A Maternidade de Patos, Dr.
Peregrino Filho, está fazendo uma retrospectiva das crianças que nasceram a
partir de 1º de agosto, convocando as mães para que os bebês façam exames de
imagem e sorologia, para investigar se há casos de microcefalia.
A grande preocupação do Governo
do Estado tem sido no combate ao mosquito da dengue, que transmite também a
Febre Chikungunya e o Zika Vírus, que por sua vez tem relação com a
microcefalia, uma malformação congênita que atinge bebês. Patos recebeu semana
passada técnicos da SES, que se reuniram com representantes de diversos órgãos
estaduais, a exemplo da saúde, educação, PM, Corpo de Bombeiros, Cagepa,
Emater, para apresentar o plano de combate e pedir esforço concentrado de todos
nessa luta contra o mosquito.
Os hospitais que realizam partos,
maternidades, estão implantando um protocolo que visa prestar toda assistência
necessária à criança, garantindo o acesso aos serviços, sendo dividido em três
fases: Triagem: onde o bebê nasce, avaliação do perímetro cefálico, com exames
físicos e entrevista com a mãe para se obter informações sobre seu pré-natal, a
saúde dela; diagnóstico, com exame de imagem e sorológico e caso confirmação da
microcefalia, acompanhamento da criança.
A questão de municípios que estão
permitindo recesso aos agentes de endemias, algo preocupante, especialmente
nessa época que antecede as chuvas, momento propício para a proliferação do
mosquito, Patrícia explica que o próprio Ministério da Saúde lançou portaria
revogando essa concessão.
“Estamos em força tarefa,
inclusive já estamos com um aplicativo que é usado para denunciar os focos de
dengue, podendo ser baixado para smartphone, sistema Android. Trata-se do Aeds
na Mira, onde as pessoas podem tirar fotos e enviar para uma sala de situação
localizada na SES, da qual fazem parte Bombeiros, PM e Exército, que receberão
essas denúncias e darão tratamento à informação, tomando as medidas cabíveis
para acabar com esses focos denunciados”, explicou Patrícia Assunção.