A presença do mosquito Aedes
aegypti, cujos focos, em sua maioria, são encontrados dentro das residências
nos mais diversos tipos de criadouros possíveis, vem crescendo também nos
terrenos baldios. A falta de conscientização em torno de destino correto do
lixo se tornou grande preocupação dos órgãos de saúde de Patos. Os resíduos
sólidos jogados dentro de vegetações às vezes não são fáceis de serem localizados
pelos vigilantes ambientais, agentes de endemias.
Um exemplo disso são os
incontáveis focos encontrados nesta sexta-feira pela Vigilância Ambiental da 6ª
Gerência de Saúde, nas proximidades do Parque Cruz da Menina, após denúncia de
um morador, angustiado com o alto índice de pessoas da localidade apresentando
sintomatologia de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes, a
exemplo da Chikungunya e Zika.
“É um absurdo a quantidade de lixo
eletrônico, pneus, garrafas pet, dentre outros resíduos propícios para a
proliferação do Aedes, que encontramos nesse setor. Muita água parada, larvas e
mosquitos já adultos, isso bem próximo das residências”, desabafou Eugênio
Pacceli, da Vigilância Ambiental, triste com a falta de colaboração da
população. Ele entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Patos e
solicitou a limpeza na referida localidade, bem como visita por parte do
pessoal de doenças endêmicas.
A 6ª Gerência Regional de Saúde
vem concentrando suas ações de forma intensa no trabalho de combate ao Aedes,
com muitas atividades nesse propósito. Na última segunda os apoiadores
regionais realizaram o planejamento de ações para serem desenvolvidas com os
municípios. A primeira ação foi participar da abertura da semana D contra o
mosquito Aedes n o município de Cacimba de Areia.
Todos os 24 municípios recebem
orientações, auxílio para suas ações, ajuda no trabalho de campo através do
apoiadores regionais; apoio institucional; material educativo, com objetivo de conscientizar
e incentivar a comunidade a ser mais participativa na luta contra o mosquito.
Esta semana também ocorreu, no
auditório da 6ª Gerência, uma reunião extraordinária da Comissão Intergestores
Regional do Sertão (CIRs) com os secretários municipais de saúde, rede
hospitalar, tendo sido convidado também o Ministério Público. Na pauta a
microcefalia, doenças causadas pelo Aedes e todo o processo de acompanhamento
das notificações de casos suspeitos, bem como das mães gestantes.
Nesta sexta apoiadores se
dirigiram ao município de Condado para participarem, juntamente com vigilantes
ambientais e soldados do Corpo de Bombeiros, de ações contra o mosquito
promovidas por aquele município.
Um dos termômetros da grande
quantidade de pessoas que estão enfrentando doenças causadas pelo Aedes tem sido
o Hospital Regional de Patos, onde se registra grande demanda de pessoas com
sintomas de doenças causadas pelos vírus transmitidos pelo Aedes.
A Maternidade Dr. Peregrino
Filho, de Patos, referência em Microcefalia para a 3ª e 4ª regiões de saúde segue,
segundo seu diretor Odir Borges, todos os protocolos no atendimento às mulheres
grávidas com suspeita da doença, que traz graves sequelas para o
desenvolvimento da criança. “Elas recebem o atendimento especializado, os
exames necessários, a exemplo de tomografia computadorizada. Temos mais de 100
exames suspeitos de microcefalia aguardando resultados do Lacen”, comentou Odir.
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