Estão
sendo investigados todos os casos de microcefalia e outras alterações do
sistema nervoso central, inclusive a possível relação com o vírus Zika e outras
infecções congênitas
O
Ministério da Saúde e os estados investigam 4.222 casos suspeitos de
microcefalia em todo o país. Isso representa 71,5% dos casos notificados. O
novo boletim divulgado nesta terça-feira (1º) aponta, também, que 1.046
notificações já foram descartadas e 641 confirmadas para microcefalia e outras
alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Ao todo, 5.909
casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 27 de fevereiro.
Os
641 casos confirmados ocorreram em 250 municípios, localizados em 15 unidades
da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Goiás, Mato
Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Já os 1.046 casos foram descartados por apresentarem
exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema
nervoso central por causas não infeciosas.
Cabe
esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de
microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos
estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A
microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika,
como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus
e Herpes Viral.
De
acordo com o informe, os 5.909 casos noticiados, desde o início das
investigações no dia 22 de outubro do ano passado – foram registrados em 1.143
municípios de 25 unidades da federação. A região Nordeste concentra 81% dos
casos notificados, sendo que Pernambuco continua com o maior número de casos
que permanecem em investigação (1.672), seguido dos estados da Bahia (817),
Paraíba (810), Rio Grande do Norte (383), Ceará (352), Rio de Janeiro (261),
Alagoas (222), Sergipe (192) e Maranhão (192).
Ao
todo, foram notificados 139 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema
nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou
natimorto). Destes, 31 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do
sistema nervoso central. Outros 96 continuam em investigação e 12 já foram
descartados.
Do
total de casos de microcefalia confirmados, 82 foram notificados por critério
laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde
ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de
casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na
maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de
microcefalia.
Até
o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 22 unidades da
federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima,
Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo e Paraná.
ORIENTAÇÃO
– O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem
medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a
eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter
portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e
utilizar repelentes permitidos para gestantes.
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