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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Tríplice epidemia pelo Aedes será discutida em seminário em Patos com presença da Fiocruz





A cidade de Patos-PB receberá importante seminário no próximo dia 15 de junho, no auditório do Sebrae, no Rodoshopping. Trata-se de uma ampla discussão em torno das doenças causadas pelo Aedes aegypti, envolvendo diversas entidades, sob coordenação da UEPB, por meio de seu projeto denominado Unive-Cidade, que visa melhorar o IDH das cidades.

Diversas entidades parceiras confirmaram participação ao seminário, a exemplo da 6ª Gerência Regional de Saúde, que manteve reunião esta semana com Dr. Cidoval Morais de Sousa, Pró-Reitor Adjunto de Pós-Graduação e pesquisa da UEPB, para discutir a logística e assuntos que serão debatidos no encontro. Toda a Gerência se comprometeu em se envolver nesse encontro que contará com a presença da Fiocruz, considerada uma das mais importantes instituições de pesquisas em saúde pública do mundo.

O Pró-Reitor fez várias críticas ao modelo de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. A começar pelo controle químico feito ao Aedes, citando o fumacê, algo que para ele e outros estudiosos não resolve nada e acima de tudo o uso indiscriminado do produto, lançado ao meio ambiente, vem sendo associado ao alto índice de câncer na região.

Sobre o quadro atual de combate ao Aedes, ele afirma que não há tratamento específico, e sim aqueles situacionais; a saúde está um caos; os gestores públicos não sabem o que fazer, já que o modelo aplicado não consegue conter a proliferação das doenças. Diz ser necessário mudar o paradigma de combate ao Aedes. Comenta que o problema não é o mosquito, mas o que o traz.

Cita os cinco anos de seca, com mais de 160 municípios sem água tratada, o que levou a população a acumular o tão precioso líquido em inúmeros vasilhames, que se tornaram criadouros do inseto. “A saúde não mudou os protocolos e continua fazendo a mesma coisa, seja com os agentes de endemias, com os ACS. É preciso repensar isso. A segunda coisa são os gestores que não fizeram o dever de casa no tocante ao saneamento básico”, comentou.

O encontro do dia 15, que reunirá diversas representatividades da sociedade, trabalhará três eixos: panorama nacional, quando se buscará apresentar as justificativas para a atual realidade da tríplice epidemia; será a apresentação das práticas desenvolvidas pelas localidades no enfrentamento ao Aedes, bem como as estatísticas de infestação e de casos, e por último essa articulação das entidades para tentar mudar o quadro epidêmico na Paraíba.

Cidoval exime de culta a população pelas falhas no combate ao mosquito. Diz que a metodologia tem sido equivocada, precisa ser revista e chama a responsabilidade para os educadores formais, informais, da saúde, do meio ambiente. Fala que os habitantes precisam ser ouvidos, essa tenha a oportunidade de passar seu conhecimento, seu agir no combate ao mosquito, algo que tem efeito positivo para o processo, e não receber informações de forma autoritária, somente como se estivesse recebendo ordens.

Cidoval Morais diz que espera que o seminário do dia 15 aprofunde as parcerias, que elas venham a colocar em prática as deliberações, protocolos, metodologias, jeitos de fazer e que sejam produzidos conhecimentos, tecnologias apropriadas para a realidade que estamos vivenciando.

Marcos Eugênio (6ª GRS)

988029016/999474177

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