Um dos problemas mais graves de
saúde pública na região de Patos tem sido o elevado número de acidentes, que
deixa um saldo nada animador para os órgãos de saúde e de segurança pública. De
janeiro a maio deste ano o Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro
manteve a média histórica diária e atendeu 10,6 vítimas de acidentes. Foram
1.599, sendo 1515 envolvendo motocicletas e 84 automóveis, oriundas de 72
cidades. Do total, Patos contribuiu para as tristes estatísticas com 693 pacientes.
Nesses cinco meses o HR, que
recebe pacientes de aproximadamente 90 municípios paraibanos, de PE e RN, realizou
36.147 atendimentos. O Hospital, mesmo não sendo de sua obrigação, já que é
referência apenas em média e alta complexidade, realizou 16.280 consultas. Como
boa parte das unidades básicas de saúde não cumprem seu papel de atenção
primária, a demanda por consulta é excessivamente alta no Regional, apesar da
constante luta da direção de tentar reduzir essa prática. Procedimentos simples
levam pessoas a saírem de suas cidades, se arriscando nas estradas em busca de
atendimento.
O Regional vem recebendo grande
número de pessoas com sintomatologia de doenças causadas pelo Aedes, a exemplo
da Chikungunya, que se desenvolve em várias etapas. Dores no corpo, de cabeça, febre,
vômitos, diarreia, somaram mais de mil procedimentos. Apesar do número alto de
pessoas apresentando diarreia e vômito, mais de 300, o Janduhy Carneiro recebeu
apenas um pessoa com desidratação.
Outro dado preocupante tem sido a
de vítimas de quedas de mesmo nível, com 1618, que atinge em sua grande maioria
os idosos, acidentes registrados geralmente na própria residência, como
tropeços em móveis, tapetes, durante o banho. A direção do Janduhy Carneiro recomenda
muita atenção e cuidados preventivos.
O número de internações atingiu
nesses cinco meses 3.216, média superior a 21 pessoas que precisaram de
tratamento mais prolongado no próprio Hospital. Desses internos, 311 foram vítimas
de acidentes com moto. Muitos precisaram de cirurgia ortopédica. Feridos a arma
de fogo foram 62, por arma branca 67 e agressão física 135. Vinte e cinco
pessoas deram entrada por queimaduras. Aliás, há sempre grande preocupação nesse
período de junho, quando acontecem os folguedos da mais tradicional festa
nordestina. Os cuidados devem ser redobrados para evitar queimaduras por fogos
de artifício, bem como nas fogueiras.
Marcos Eugênio (6ª GRS)
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