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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Bebês diagnosticados com microcefalia já podem contar com um ambulatório de referência que funciona na Maternidade de Patos




Espaço foi inaugurado nesta terça-feira (19) e conta com equipe
multidisciplinar para atender os bebês diagnosticados com a doença

A microcefalia, condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo, não causa apenas problemas no desenvolvimento da criança, mas, também muita apreensão e dúvidas nos pais que, na maior parte dos casos, não sabe como proceder com uma criança diagnosticada com o problema. No sertão paraibano, uma iniciativa da Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos,  que integra a rede estadual de saúde, vai ajudar os pais com um tratamento e encaminhamentos adequados. Trata-se do primeiro ambulatório de microcefalia da região que começou suas atividades nesta terça-feira (19) e vai complementar um trabalho já realizado pela unidade que inclui odiagnóstico, exames, procedimentos e, agora, o acompanhamento em casos de microcefalia.

Na inauguração do novo espaço, que vai funcionar em uma das salas do Banco de Leite da unidade, não houve atendimentos. Mães de futuros pacientes, convidados, profissionais que vão atuar no ambulatório, secretários de saúde de municípios vizinhos e parceiros da Faculdade Integradas de Patos (FIP), que fez doações de equipamentos e brinquedos para o espaço que também vai possibilitar a realização de estágios para alunos do curso de Fisioterapia da Faculdade, conversaram sobre a proposta do ambulatório e como serão realizadas as atividades e atendimentos. A equipe, formada por um pediatra, três fisioterapeutas, um fonoaudiólogo, um psicólogo e uma assistente social, também expôs como cada profissional vai atuar. Inicialmente, o ambulatório vai atender às terças e quintas-feiras, das 13h às 17h.

            Segundo a diretora assistencial da Maternidade de Patos e uma das coordenadoras do ambulatório, Luciana Maia, o espaço foi montado para trabalhar com a demanda de crianças que já foram identificadas como portadora da doença pela maternidade, mas dependendo do aparecimento de novos casos, o trabalho poderá ser ampliado. Ela explica que quanto mais cedo a criança diagnosticada com microcefalia receber os estímulos adequados, melhor será sua qualidade de vida. “Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida, pois quanto mais estímulo à criança tiver, melhor são os resultados que influenciam nas habilidades cognitivas, sensoriais, propiciando uma melhor qualidade de vida”, explica Luciana.

            Os secretários de saúde de Areia de Baraúnas, Elaise de Cássia, de Teixeira, Maria do Socorro e de Condado, Sara Araújo, prestigiaram a abertura do espaço, assim como a gerente de saúde, Liliane Sena e representantes da FIP. Além do acompanhamento após o parto dos casos suspeitos, a Maternidade Dr. Peregrino Filho também faz a USG transfontanela, que é uma  ultrassom para observar presença de calcificações, e o exame da coleta do Liquor, que consiste na punção do líquido cefaloraquidiano. A neonatologista Dra. Vandezita Mazzaro é a responsável pela realização do procedimento. A sorologia da coleta é enviada para o laboratório Lacen, em João Pessoa. “Tudo que diz respeito à microcefalia nós já fazíamos na Maternidade e agora com o ambulatório nosso trabalho está completo”, finaliza Luciana Maia.

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