Rosângela Ferreira |
Rosângela Ferreira Silva, secretária
municipal de Saúde de Passagem, município localizado na região de Patos-Pb, analisa
com preocupação a PEC 241, caso esta venha a ser aprovada em definitivo no
próximo mês. Ela reclama do caos financeiro já enfrentado pelos pequenos
municípios, citando como exemplo a queda do FPM, algo que vem ocorrendo desde
de julho deste ano, gerando uma série de consequências negativas para a localidade,
como atraso de pagamento a fornecedores e na folha de pagamento de funcionários
contratados, não investimento em melhorias da cidade. “A população só cresce e
as receitas caem. O FPM de 2013 foi superior ao de 2016, sendo que nesse
intervalo tudo já subiu de preço. Algo contraditório que prejudica toda uma
população”, comenta a secretária.
Para ela a polêmica PEC, que
prevê congelamento por 20 anos em investimentos em áreas essenciais para a
população, poderá agravar de maneira ainda mais intensa os serviços oferecidos
aos habitantes. “Hoje os municípios brasileiros vivem um verdadeiro caos. Cito
a saúde, na qual estou bastante ligada por ser gestora. Sem melhorias,
investimentos, como poderemos prestar atendimento digno à sociedade?”,
questiona.
O município de Passagem vem
enfrentando crise em diversos serviços, inclusive naqueles pactuados com Patos,
que é sua principal referência, o qual não vem conseguindo cumprir o que é de
sua responsabilidade na pactuação, mesmo recebendo os recursos para isso. O
abastecimento de água para consumo humano também está entrando em colapso. Com
os mananciais chegando ao seu limite de oferta, a escassez do tão precioso
líquido já provoca vômitos, doenças diarreicas, em ascensão, segundo Rosângela,
que credita esses males à água imprópria para consumo. “Faz meses e meses que a
gente não envia coletas de água para análise no Laboratório da Vigilância
Sanitária de Patos, como foi pactuado, por que eles dizem que não há
digitadores para alimentar com os dados”, diz Rosângela.
Passagem ainda está recebendo, de
forma bastante reduzida, água de Coremas, que agoniza pelo fim de suas reservas
hídricas. Dois carros-pipas faziam o abastecimento do município, sendo que a
administração teve que contratar outro, aumentando suas despesas em mais R$ 6
mil por mês. Em recente audiência com o governador Ricardo Coutinho, o prefeito
reeleito Magno de Bá teve a garantia que o Estado bancaria mais um
caminhão-pipa para a localidade, a fim de amenizar o sofrimento dos moradores
da referida localidade.
Marcos Eugênio (pbnoticias.com)
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