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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Regional Patos mobilizada para campanha de vacinação antirrábica





A 6ª Gerência Regional de Saúde recebeu na tarde desta quinta-feira 18, profissionais da atenção básica, vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, imunização e veterinários. O motivo desse encontro foi a mobilização que vem sendo feita pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, visando a Campanha Nacional de Vacinação contra Raiva Animal, que acontece no próximo mês, com o Dia D programado para dia 17.

Para a Paraíba vieram 700 mil doses para vacinar cães e gatos, principal foco da doença no círculo urbano, doses essas já disponíveis para o caso do município que queira imunizar os animais de áreas de difícil acesso, da zona rural.

As sucessivas campanhas, aliado a isso outras estratégias, como cobertura focal, clínica de cães e gatos, profilaxia da raiva humana, contribuem para que os resultados atingidos tenham sido bastante positivos, com a redução em larga escala de notificações. “Estamos há seis anos na Paraíba sem casos de raiva canina e felina e há 17 anos sem registro de casos de raiva humana”, informa Francisco de Assis Azevedo, Chefe do Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que repassou informações e planos de ação para a campanha.

Essa mobilização para a campanha nacional contra raiva recebe total apoio das gerências de saúde e dos municípios. Na Paraíba a meta é imunizar 605 mil cães e gatos, a partir de três meses de vida.


Marcos Eugênio (Ascom 6ª GRS) 98802-9016

Paraíba recebe 700 mil doses de vacina para Campanha Contra a Raiva Animal


A Paraíba recebeu do Ministério da Saúde 700 mil doses da vacina para realização da 34ª Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal (canina e felina) no Estado, com ‘dia D’ previsto para 17 de setembro. A campanha se estende durante 30 dias, após o dia D, em todos os municípios paraibanos e a meta é imunizar 604.992 animais, sendo 413.079 cães e 191.913 gatos.

“A raiva é uma das doenças mais estudadas em todo o mundo e, no entanto, não tem cura. A vacinação dos animais, especialmente cães e gatos, tem como foco, também, a proteção e promoção da saúde da população humana. É a única vacina animal preconizada e normatizada pelo Ministério da Saúde”, informou o chefe do Núcleo de Zoonoses da SES-PB, Francisco de Assis.

Todas as 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado já receberam os insumos (seringas, agulhas e doses) e, a partir de então, devem repassar aos municípios. “Durante as duas últimas semanas, nós passamos por Guarabira, Itabaiana, Campina Grande, João Pessoa, Monteiro e Princesa Isabel. Nesta quinta-feira (18), ainda vamos aos municípios de Piancó e Patos. A intenção é repassar aos gestores e profissionais de saúde informações sobre a operacionalização da campanha – importância, objetivos, metas e disponibilidade de insumos”, adiantou Francisco de Assis.

A principal recomendação aos gestores é que a campanha seja divulgada amplamente nos municípios e que o início das atividades pode (e deve) ser antecipado. “Estamos próximos do período eleitoral e sabemos que ele atrapalha o andamento natural do serviço. Os municípios têm autonomia para iniciar a campanha antes do dia D, desde o momento da chegada das vacinas. Além disso, reforçamos o pedido de divulgação em hospitais, PSFs, rádios, associações comunitárias e igrejas para que toda a população fique atenta”, concluiu.
Pelo oitavo ano consecutivo, será utilizada a Vacina de Cultivo Celular em cães e gatos. Este tipo de vacina tem uma melhor resposta imunológica, ação mais duradoura e faz parte do Plano de Eliminação da Raiva Humana transmitida por cães e gatos e do Programa Nacional de Imunização, protocolo assinado pelos países latinos, junto à Organização Mundial de Saúde (OMS).  “Devem ser vacinados todos os cães e gatos a partir de três meses de idade, em bom estado de saúde. Não há contraindicação e essa é a única forma de evitar a infecção rábica em cães e gatos, principais focos da doença no ciclo urbano”, explicou Francisco.

O chefe do Núcleo de Zoonoses da SES-PB informou, ainda, que anualmente, na Paraíba, são atendidas cerca de 9.500 pessoas envolvidas em acidentes com animais. “Os cães respondem a 80% dos casos de acidentes e, por isso, salientamos a importância de manter os animais imunizados. Desta maneira, consequentemente, o ser humano também estará protegido da doença”, alertou Francisco de Assis orientando, ainda, que os cães e gatos que serão vacinados pela primeira vez, independente da idade, devem receber uma dose de reforço após 30 dias.

“Através de campanhas de rotina e de intensificação de vacinação, nota-se uma diminuição progressiva no número de casos de raiva em animais e ausência de casos de raiva humana transmitida por cães nos últimos 17 anos. O Dia D é 17 de setembro, mas os animais podem ser imunizados durante o ano inteiro. Quanto mais rápido o animal for protegido, melhor para o bem estar dele e também da família”, recomendou Francisco de Assis.

Cobertura vacinal – Nos últimos dois anos, a Paraíba superou a meta de vacinação que corresponde a 80% da população canina e felina estimada no Estado. Em 2014, foram vacinados 90,1% dos animais. Já em 2015, 85% dos animais foram vacinados.

A raiva – É uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio de mordeduras, arranhaduras, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A doença acomete o Sistema Nervoso Central, levando a óbito em curto espaço de tempo. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais. A única forma de evitá-la é a vacinação dos animais.

A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural tem como principais transmissores os bovinos, caprinos, suínos, ovinos e equídeos; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam maior perigo e no ciclo urbano os principais responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.

Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. O animal geralmente apresenta dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras.

Nos cães, especificamente, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco", e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.

Já nos seres humanos, no início, os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de dois a quatro dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por dois a três dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.

secom


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Profissionais de saúde discutem pré-natal de alto risco









Liliane Sena, gerente de saúde e Cláudia do Grupo Gestor.

Paulo Athayde

Um problema preocupante e que vem sendo compartilhado por todos os municípios da regional Patos, o encaminhamento de pré-natal de alto risco, foi tema de oficina e ampla discussão na manhã desta quarta-feira 17 no auditório do Sebrae, o Rodoshopping de Patos, da qual participaram médicos, enfermeiros e coordenadores da atenção básica.

O Grupo Condutor da Rede Cegonha da 6ª Região de Saúde, rede esta que busca assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada da gravidez ao pós-parto, diante um quadro preocupante na regulação desse serviço, solicitou junto à Gerência de Saúde um momento de discussão sobre o tema com a Maternidade Dr. Peregrino Filho.

Com o auditório praticamente lotado, o médico Paulo Athaide, diretor clínico da Peregrino fez ampla explanação sobre situações que levam à gravidez de alto risco, o rito dos protocolos que devem assegurar o cuidar da saúde da mulher. Houve debate e reivindicações de melhorias no atendimento da Maternidade. “Foi um momento muito importante para que os profissionais tirassem suas dúvidas com Dr. Paulo e que possamos melhorar essa atenção tanto na Maternidade como na Atenção Básica”, comentou a gerente regional de saúde, Liliane Sena.

Marivalda Xavier, que faz parte do Grupo Condutor da Rede Cegonha, também destacou a importância desse encontro realizado em Patos, na busca de qualificar ainda mais a atenção ao pré-natal, a interligação do serviço do município com o da Maternidade.

Um dos assuntos mais discutidos pelo público presente foi o da referência e contra referência, ou seja, o município deve fazer o encaminhamento das dificuldades encontradas no pré-natal e a Maternidade, que possui atendimento para gestação de alto risco, devolver para o município o que avaliou da saúde da mulher, o que precisa ser feito com a gestante até de seu retorno à Maternidade.

A direção clínica da Peregrino Filho orientou os municípios a encaminharem ao setor responsável as gestantes de alto risco às terça e quartas-feiras a partir das 7h20. “Acredito que a partir dessa oficina os serviços irão melhorar na atenção às gestantes. Houve cobranças a todos, seja médico, enfermeira, da Maternidade, do município”, comentou Marivalda.




Marcos Eugênio (6ª GRS)

Sem atendimento médico: Patos fará revisão de PPI com municípios que o tem como referência


Diretoria da CIRs






Os serviços de saúde oferecidos aos municípios da 6ª Região de Saúde, tendo Patos como referência, deverá ter sua PPI - Programação Pactuada e Integrada (PPI) revista para corrigir distorções que estão impedindo a população usufruir de consultas, exames especializados.

A PPI foi o principal assunto pontual da reunião da CIRs – Comissão Intergestores Regional do Sertão, ocorrida na manhã desta terça-feira no auditório da 6ª GRS, contando com a participação da maioria dos secretários municipais de saúde, que há muito tempo discutem a situação com Patos, responsável pela regulação de tais serviços.

O secretário de Saúde de Patos, José Francisco de Souza (Zeca), se comprometeu, junto aos colegas gestores, fazer uma revisão da PPI para tentar atender as demandas de cada localidade. O que ocorre é que cada município tem direito à quantidade X de exames, consultas, dentro do que foi pactuado pela CIRs, porém a demanda não vem sendo atendida a bom tempo, causando uma série de problemas à população, que fica desassistida.

Um dos maiores obstáculos para resolver esse problema tem sido a tabela defasada do SUS, que há vários anos não é corrigida e alguns fornecedores, como clínicas, deixaram de prestar determinados serviços, a exemplo de raio X, por causa do valor irrisório repassado pelo SUS. “Da forma como esse sistema está funcionando não há município que aguente. Nem mesmo a demanda de consultas especializadas e laboratoriais está sendo atendida”, explica a nova presidente da CIRs, Rosângela Ferreira.

Ela explica que o gestor de Patos se comprometeu fazer a revisão da PPI de cada município. “Nossa intenção, depois de todos os dados fechados, cada um sabendo os serviços que precisa e quanto dispõe, é fazer um consórcio para que essa demanda seja atendida”, comentou Rosângela. Um exemplo citado por ela sobre a defasagem da tabela SUS, é uma consulta, supondo de R$ 40,00 e o Sistema Único de Saúde só pagar R$ 10,00, o que para o fornecedor se torna prejuízo.

A gerente regional de saúde, Liliane Sena, lembra que esse problema é antigo e que houve acordo com o gestor de saúde de Patos, Zeca, endossado pelos secretários, ficando acordado que todos os municípios serão ouvidos individualmente nessa reformulação da PPI. “Essa pactuação não é difícil apenas para a região de Patos, mas para o Estado todo por ser muito antiga e os recursos não conseguem cobrir os cursos de hoje. Um consulta que fiz há seis anos seu valor não é o mesmo hoje, mas o recurso do SUS não alterou nada”, enfatiza Liliane,

Unacon

Outro assunto da pauta da reunião foi a Unacon – Unidade de Oncologia de Patos, que ainda não funciona, mesmo o prédio já ter sido concluído. A gerente regional pediu apoio aos secretários que sensibilizassem os prefeitos de suas respectivas cidades, na assinatura de um documento reivindicando do Ministério da Saúde a liberação de recursos que contribuam para a abertura e funcionamento da Unacon, serviço de suma importância para atendimento de pacientes portadores de câncer de dezenas de municípios sertanejos. “Hoje o Governo do Estado trava essa luta junto ao Ministério. Com o apoio dos gestores municipais da região essa ação se torna bem mais fortalecida”, disse Liliane.


Marcos Eugênio (Ascom – 6ª GRS)

domingo, 14 de agosto de 2016




José Esteban Castro

O sociólogo e professor na Newcastle University da Inglaterra, José Esteban Castro esteve pela primeira no Sertão paraibano conduzindo seminário e curso na cidade de Patos. Apesar de ter sido sua nona passagem pela Paraíba, esta foi a primeira vez no Sertão, trazido pela UEPB, através do Projeto Univer-Cidade.

A programação de Esteban em Patos começou na segunda-feira 8 no auditório do Sebrae, com um seminário “Água, Saúde e Desenvolvimento do Semiárido”, que contou com a participação de 100 pessoas, 30 delas secretários municipais. Apesar da importância do tema para as cidades, nenhum prefeito compareceu para tratar desse assunto de suma importância para a saúde pública.

Considerado a maior autoridade nos estudos sobre água, coordenador da Rede Waterlat, que articula todas as comunidades de pesquisas que trabalham com a questão da água ou dos conflitos por ela, Esteban também ministrou um curso tratando de questões ambientais, políticas, sociais e de saúde com foco na água, numa promoção da UEPB. Houve participação de alunos de várias universidades, da iniciação científica, Pós-Graduação, profissionais de saúde da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco.

De acordo com o Pró-Reitor Adjunto de Pós-Graduação e Pesquisa da UEPB, Cidoval Morais, o curso ministrado por Esteban trabalhou três eixos, sendo o primeiro sobre a água e saúde pública, considerada um bem essencial, direito de todos; o segundo teve objetivo de trazer o enfoque para a ecologia política, um olhar crítico e da determinação e envolvimento da sociedade nas políticas públicas sobre água. “O terceiro eixo é a busca pela criação de uma massa crítica na região para a construção de um programa de pós-graduação nessa temática, água e saúde pública”, completou Cidoval.

Ele comentou que o semiárido atravessa um período de escassez, mas não de falta de água, e sim problemas de distribuição, acrescentando que a forma como ela vem sendo distribuída hoje coloca em risco a saúde da população.

O Pró-Reitor falou dos desafios a partir dessa capacitação com Esteban Castro. Listou como o primeiro é a ampliação da discussão em torno do uso de componentes químicos, a exemplo dos usados em campanhas de combate ao mosquito Aedes, que vem sendo associado ao crescimento de incidência de câncer; melhorar a distribuição e qualidade da água; políticas de enfrentamento às estiagens mais sustentáveis.

“A partir desse curso temos muitos desafios. Esse curso nos ensina a pensar o planejamento governamental. Ele também nos ajuda a ter uma visão diferente da saúde pública, por que só temos uma visão curativa. Não queremos discutir doença e sim sua prevenção”, explicou. Acrescentou que houve interesse do professor da Newcastle de vir mais vezes para ampliar o debate em torno do tema água, bem precioso e do qual o sociólogo conhece profundamente os problemas, consequências de seu uso inadequado. Por fim agradeceu o apoio da 6ª Gerência Regional de Saúde, sem qual, na mobilização dos municípios, o seminário não teria alcançado êxito.



Marcos Eugênio 

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